Tal como consta dos Estatutos, os objectivos da Associação são:
– Garantir a representação dos seus associados, defender os seus direitos e zelar pela observância das obrigações;
– Promover entre os associados a cooperação, o diálogo e a crítica para a dignificação destes meios de Comunicação Social;
– Incentivar nos associados a atenção e a abertura aos sinais dos tempos que se manifestam nos contextos económico, social, cultural, político e religioso do mundo contemporâneo;
– Procurar que os associados, conscientes de que a Comunicação Social de Inspiração Cristã é uma realidade temporal com autonomia e regras próprias, comum a todo o Povo de Deus, mas particularmente, campo de actividade laical, sejam expressões válidas e correctas da opinião pública na Igreja e desta nas suas relações com o mundo actual;
– Valorizar profissional, técnica e culturalmente os agentes da Associação.
Como o fazemos:
Para alcançar os objectivos mencionados acima, a AIC deve:
– Proporcionar formação adequado aos utentes da Associação;
– Organizar encontros de reflexão e revisão sobre problemas económicos, jurídicos, sociais, religiosos e políticos que se levantem na actividade desta Associação;
– Promover debates de carácter cultural sobre os acontecimentos e correntes de opinião do momento histórico aos quais esta Associação não deverá ser indiferente;
– Promover encontros de estudo e actualização teológica, no sentido de uma educação permanente da fé confrontada com a vida dos homens de hoje;
– Constituir equipas que garantam um serviço permanente de apoio aos associados, através de notícias e comentários sobre a actualidade, que poderão livremente ser utilizados;
– Institucionalizar o diálogo entre os associados e encontrar linhas de acção conjunta.
O Plano de actividades da AIC, está implícito na entrevista que deu o Presidente da Direcção: Na primeira entrevista que o Presidente de Direcção, Pe. António Salvador dos Santos deu, implicitamente tocou nos pontos principais que haviam de ser a preocupação da Direcção no seu Plano de actividades. Vejamos:
Com que espírito assume a presidência?
A AIC é uma associação sem fins lucrativos. Qualquer cargo a desempenhar é feito por dedicação e espírito de serviço. É neste sentido que assumo a Presidência da Direcção. Dado que não apareceram outras listas, há que dar continuidade ao excelente trabalho realizado pela Comissão Instaladora que foi presidida pelo Pe. João Caniço. Porque reconhecemos que o Pe. João Caniço está super ocupado, por uma questão, até, de separar o Secretariado/Ecclesia da AIC, assumimos os destinos da Associação, conscientes das nossas limitações, das dificuldades que vamos encontrar… mas conscientes da ajuda que nos vem do Alto, da confiança que depositaram em nós, os nossos associados e na alegria de prestar um serviço à comunidade.
Actividades previstas?
Como deve entender, um Plano de actividades tem de ser ponderado e elaborado após auscultação aos associados, para conhecer as suas principais preocupações. Inicialmente a nossa atenção vai centralizar-se em criar um espaço que nos permita ter condições de trabalho. Depois organizaremos a casa, distribuiremos tarefas e pensaremos calmamente num Plano de actividades para o triénio 1994/97, que terá de compreender, necessariamente os seguintes vectores:
– Respostas imediatas ao momento actual;
– Formação quer a nível jornalístico quer técnico, que nos permita enfrentar os desafios da actual sociedade portuguesa;
– Preparar o 1.º Congresso da Associação;
– Consolidar uma ideia de uma confederação;
– Dialogarmos com todas as associações de imprensa.
Projectos futuros?
Num futuro imediato, representar a Associação e dar continuidade à tentativa de resolução dos principais problemas com que se depara a imprensa, e que tem a ver com as exigências que nos advêm de uma nova portaria que substitui a 411. Ainda não conhecemos o texto final mas o ante-projecto parece-nos preocupante. Em simultâneo com o diálogo com o governo, teremos de dar continuidade ao diálogo com os CTT para tentar baixar os custos de expedição dos jornais e eliminar as burocracias de expedição… Pensamos privilegiar o contacto com os nossos associados não só para conhecermos as suas preocupações mas também para que através de uma troca d experiências possamos valorizar os nossos jornais, quer a nível de conteúdos, quer de apresentação e organização administrativa.
Problemas maiores da Imprensa Regional?
De alguma maneira na pergunta anterior já apontei os principais problemas. Eles são a vários níveis, comuns a toda a Imprensa Regional. Seja a nível de custos da expedição e exigências burocráticas; seja a nível da definição tipológica de uma imprensa nacional, regional, sem sabermos onde enquadrar a imprensa de cariz formativo e de informação religiosa, seja ao nível de distribuição de subsídios, algo contestado pelos associados, em relação aos critérios de distribuição do subsídio tecnológico dos últimos anos… Outra questão preocupante e quiçá mais agudisante na Imprensa de Inspiração Cristã, tem a ver com a concepção de empresa jornalística. Muitos jornais e alguns com grande tiragem, funcionam centralizados na “carolice” de um indivíduo. Importa sensibilizar o seu director para a necessidade de criar uma empresa organizada e dimensionada para cada jornal, para que surjam respostas ao nível da formação jornalística, técnica e administrativa de forma a valorizar os jornais, tornando-os cada vez mais atraentes e formativos. (in Agência Noticiosa Ecclesia)
Actividades Realizadas pela AIC:
Uma Associação que nasce do nada dá muito trabalho. Desde logo, contactar com cerca de 600 títulos, Conhecer as suas preocupações e dar respostas. No início as reuniões eram mensais até ao nascimento da Associação. A partir daí, passaram a ser semanais. De então para cá o trabalho da Associação tem sido intenso, a saber:
– Organizámos os Congressos de Évora em 1994, Viseu em 1996, Coimbra em 1999, Guarda em 2001 e Braga no ano de 2003; … E nos anos seguintes (de 2 em 2 anos)…
– Trabalhámos em conjunto com o GAI, Secretário de Estado da Comunicação Social (SECS) e ultimamente com o Instituto da Comunicação Social (ICS), atual GMCS, entre Outras Entidades;
– Trabalhámos arduamente, como parceiros sociais, na elaboração do Projecto de Lei do Sistema de Incentivo do Estado; – Reunimos com a Alta Autoridade para a Comunicação Social (AACS), atual ERC, para rever os critérios de Classificação dos títulos;
– Reunimos com os CTT para aumentar os intervalos dos pesos dos jornais, eliminar a cintagem e melhorar o serviço da expedição;
– Somos membros fundadores da NOVA
– Federação dos Meios de Comunicação Social de Inspiração Cristã, com quem estamos a trabalhar;
– Temos dado apoio logístico aos associados e servido de elo de ligação às autoridades e instituições ligadas à Comunicação Social;
– Participámos no Congresso da UCIP em Graz-Áustria e fomos convidados para representantes de Portugal junto daquele organismo internacional. Daí para cá participámos nos congressos de Paris e Friburgo, como únicos participantes portugueses;
– Inaugurámos a nova sede em 24 de Janeiro de 1996;
– Inventariámos a imprensa de Inspiração Cristã e publicámos 2 guias;
– Igualmente participámos nos Congressos organizados pela NOVA, em Lisboa nos dias 6 e 8 de Novembro de 1998 e Porto, nos dias 27 e 28 de Outubro de 2000;
– Juntamente com o Centro Prot. de Formação Prof. de Jornalistas (Cenjor), foram organizados cursos de Formação jornalística que decorreram em vários pontos do país;
– Publicámos uma revista especial no nosso 10º aniversário e também sempre que organizamos os congressos;
– Editamos mensalmente uma folha informativa “Mais Informação” prestando um serviço informativo e formativo aos sócios… Por todas estas razões, Sua Excelência o Senhor Secretário de Estado Dr. Arons de Carvalho afirmou em Viseu “ser a AIC um parceiro social de pleno direito e interlocutor válido com quem estamos a trabalhar”;
A AIC foi Declarada Instituição de Utilidade Pública em reunião de Conselho de Ministros.