Abr 27, 2015 | Congressos
De 1994 a 2008, a AIC organizou o seu Congresso de 2 em 2 anos. Desde 2008, por deliberação da Assembleia Geral, os congressos passaram a realizar-se de 3 em 3 anos. A temática está espelhada nos seus programas abaixo:
Temas e datas dos Congressos da AIC realizados:
1º – “A Imprensa no Virar do Século” (Évora – 18 a 20Nov1994);
2º – “As Novas Tecnologias e o seu Impacto na Comunicação Social” (Viseu – 8 a 10Nov1996);
3º – “Uma Imprensa para o Novo Milénio” (Coimbra – 3 a 5Dez1999);
4º – “A Imprensa Cristã – Face à Mundialização” (Guarda – 25 a 27Out2001);
5º – “Imprensa de Inspiração Cristã – Realidade ou Utopia” (Braga – 13 a 15Nov2003);
6º – “Novos Caminhos” (Turcifal – 23 a 25Mar2006, incluiu a Assembleia Geral da AIC);
7º – “Vencer Impactos” (Bragança – 27 a 29Nov2008);
8º – ”Reinventar/Fechar Jornais” (Leiria – 11 e 12nov2011);
9º – ”Mediadores da Alegria e do Encontro” (Gerês, S. Bento da Porta Aberta – 23 a 25out2014);
10º – “A meio da ponte rumo ao futuro” – Modelos editoriais e empresariais para a imprensa de inspiração cristã” (Almada, no Convento dos Capuchos de 26 a 28out2017).
Programas e conclusões dos Congressos:
1º Congresso da AIC – Évora 1994
“A Imprensa no Virar do Século”
(realizado em Évora nos dias 18, 19 e 20 de Novembro de 1994)
Programa do 1º Congresso:
Dia 18 Novembro – Sexta-Feira: 21.00h – Acolhimento /Recepção 22.00h – “O Estado da Imprensa”. Mesa Redonda com a presença dos jornalistas Graça Franco e Alexandre Manuel. Moderador: Dr. José Manuel Vicente Ferreira.
Dia 19 Novembro – Sábado: 10.00h – Abertura Solene do Congresso por D. Maurílio de Gouveia, Presidente da Comissão Episcopal para os Meios de Comunicação Social. 11.00h – “A Imprensa no virar do século” pelo Prof. Doutor Manuel Braga da Cruz. 12.15h. – Intervenções dos participantes por inscrição. 13.00h. – Almoço. 14.30h. – Espaço Cultural. Visita guiada à cidade ou Percurso Megalítico. 16.30h. – Visita à Adega da Cartuxa. Prova de Vinhos. 18.00h. – Painel – moderado pelo Pe. Arlindo Ferreira Pinto e com presença de Pacheco de Andrade. – “A imprensa e os média” – CENJOR – A formação jornalística. – GAI – Legislação e apoios. – Intervenção dos participantes. 20.00h. – Jantar de Confraternização acompanhado de Música Regional.
Dia 20 Novembro – Domingo: 10.00h. – A informação religiosa – Pe. António Rego 11.00h. – Leitura das conclusões e Sessão de Encerramento. 12.15h. – Eucaristia, presidida por D. Maurílio de Gouveia, Arcebispo de Évora. 13.30h. – Almoço de despedida.
Encerramento do 1º Congresso – Palavras do Presidente: Estamos a chegar ao fim do nosso 1.º Congresso, cujos objectivos foram alcançados, graças à vossa adesão, à colaboração do Governo Civil de Évora, C.M.E., Gabinete Nacional das C. Sociais, B.T.A., Cafés Delta, Região de Turismo, a que não faltou o estimulo, desde a primeira hora, quer do Senhor Subsecretário de Estado, quer do G.A. Imprensa na pessoa da sua directora. A todos muito obrigado. Viemos até Évora, por razões de âmbito sentimental. Aqui nasceu juridicamente, no Verão de 1993, a AIC por razões de ordem logística: Tivemos promessas de apoio, alguns dos quais vieram a falhar; mas também por razões de ordem cultural — Évora, não é só a capital do Alentejo, chamada cidade museu e proclamada cidade património da humanidade. Évora é hoje uma cidade aberta à modernidade que está criando as suas infraestruturas, com capacidade para acolher milhares de forasteiros, graças às unidades hoteleiras que têm nascido. Mas Évora é também um símbolo onde se cruzam culturas diversas e civilizações antiquíssimas que se habituaram a conviver em paz, no respeito de sensibilidades diferentes, berço de poetas, artistas e cantores… Évora é a cidade da planície, outrora de searas de trigo e de joio, rodeada de montados horizontes a perder de vista, lança-nos fortes desafios e convida-nos a um novo olhar… e foi isto que fizemos. O tema do Congresso, “A Imprensa no Virar do Século” foi um novo olhar que lançámos para este meio de comunicação de massas que é a imprensa. Centro de atenção de todos os intervenientes, foram lançadas sementes à terra que a seu tempo hão-de dar frutos. Ante os desafios da tecnologia os sinais de mudança deste final do século e a inter-acção dos outros massmedia, os cerca de 600 títulos de inspiração cristã deste pais, vão certamente olhar o futuro com um novo olhar…Não obstante as dificuldades que se avizinham, nomeadamente relacionadas com a nova política para o porte pago, os altos custos do papel e na mão de obra… queremos encarar o futuro com uma nova esperança, reflexo da esperança cristã informada nos conteúdos dos nossos jornais e revistas e que dentre os 144 sócios, chegam a um milhão e duzentos mil assinantes. A imprensa tem desempenhado um papel pedagógico junto das populações e na defesa das regiões; é o elo de ligação dos emigrantes à sua terra; é um veículo que leva a língua materna aos pontos mais longínquos do globo… e que grava a história do pais e do povo dando-lhe uma durabilidade atemporal.
Conclusões do 1º Congresso:
1. A Associação de Imprensa de Inspiração Cristã (AIC) realizou em Évora, de 18 a 20 de Novembro o seu 1.º Congresso, subordinado ao tema: “A imprensa no virar do século” com a presença de 193 delegados de publicações de Inspiração Cristã.
2. Nós, os participantes no Congresso, temos a firme certeza de que, apesar dos tempos difíceis, a imprensa continua a desempenhar um papel fundamental em todos os sectores da vida humana, em interacção com a rádio e a televisão. Assim, a imprensa pode olhar o futuro com optimismo consciente da credibilidade que Ihe é garantida pelo público face à informação audiovisual.
3. Queremos assumir cada vez mais as exigências e necessidades dos leitores, fornecendo-lhes uma informação mais aprofundada, variada e em maior quantidade. Temos consciência da nossa responsabilidade na defesa dos valores humanos e cristãos particularmente da verdade, da justiça, da liberdade e dá concorrência leal. Afirmemos o direito e dever de, numa sociedade pluralista e livre, não poder estar ausente a Comunicação Social de inspiração Cristã.
4. Para tal achamos importante:
a) promover a leitura dos jornais;
b) caminhar no sentido de uma maior profissionalização e modernização dos nossos jornais no campo humano e tecnológico;
c) criar uma publicação de âmbito nacional que reflicta uma leitura cristã da sociedade portuguesa.
5. Queremos ainda afirmar que não podemos ser menosprezados ou esquecidos em decisões que nos digam respeito.
6. Os sócios presentes decidiram por esmagadora maioria que a Direcção inicie as diligências necessárias para a filiação da AIC na Confederação Portuguesa dos Meios de Comunicação Social.
Évora, 20 de Novembro de 1994
2º Congresso da AIC – Viseu 1996
“As Novas Tecnologias e o seu Impacto na Comunicação Social”
(realizado em Viseu nos dias 8, 9 e 10 de Novembro de 1996)
Programa do 2º Congresso:
Sexta-Feira, 8 Novembro: 17.00h – Acolhimento 21.00h – Boas Vindas. Apresentação do progama. 21.15h – “As novas tecnologias e o seu impacto na Comunicação Social” (Prof. Doutor Carlos Correia Universidade Nova de Lisboa). 22.00h – Internet: demonstração prática (pela PortugalNet).
Sábado, 9 Novembro: 09.30h – Abertura oficial, com a presença do senhor Secretário Estado da Comunicação Social, e apresentação do Guia de Imprensa de Inspiração Cristã. 10.00h. – “As novas tecnologias na produção da Imprensa escrita” (Dr. Pedro Magalhães do CENJOR). 10.45h. – Intervalo. 11.15h. – “A publicidade e o marketing na imprensa escrita” (Dr. João Palmeiro – Universidade Católica Portuguesa). 12.00h. – Diálogo com os conferencistas. 13.00h. – Almoço. 14.30h. – Painel: “A imprensa de inspiração cristã: problemas e possibilidades” (Voz Portucalense, Almonda, Diário do Minho, a Reconquista e Badaladas) Moderador: Prof. Doutor Braga da Cruz. 16.00h. – Actividade cultural. 22.00h. – Reunião com os associados da AIC.
Domingo, 10 Novembro: 09.00h. – Eucaristia 10.15h. – “A agência de notícias: “uso e possibilidade na imprensa regional” (Dr. Rui Avelar – Director de Informação da LUSA) 11.15h. – Intervalo. 11.45h. – Leitura das Conclusões e Sessão de Encerramento com a presença de D. Maurílio de Gouveia, Presidente da Comissão Episcopal para os M. C. S. 13.00h. – Almoço.
Encerramento do 2º Congresso – Palavras do Presidente: Viseu está de parabéns pela forma como acolheu os congressistas, e a AIC, pela organização exemplar bem coadjuvado pelo Secretariado local da Comunicação Social, moderado pelo cónego José Vieira. Na sessão solene da abertura oficial do II Congresso da AIC com a presença de sua Excelência Senhor Secretário de Estado da Comunicação Social; Excelência Reverendíssima Senhor Bispo de Viseu; Ex.mo Senhor Governador Civil de Viseu; Ex.mo Senhor Vice-Presidente da Câmara Municipal de Viseu; demais entidades civis, militares e religiosas; Senhoras e senhores congressistas; Ex.mos profissionais da comunicação social; O presidente da AIC acrescentou: Bem vindos ao II Congresso da AIC – Associação de Imprensa de Inspiração Cristã, a acontecer nesta cidade de Viriato que tem uma particular “graça” de bem receber a todos os que vêm por bem. Repito: sede bem vindos! A AIC ao longo dos seus curtos anos de vida, tem procurado responder, dentro do âmbito dos seus estatutos, às preocupações que afligem a imprensa regional, em geral, e a inspiração cristã, em particular. Nas peugadas do 1.º Congresso, que se realizou em Évora, há precisamente dois anos, os participantes em Assembleia Geral entenderam que este “forum” dever-se-ia realizar de dois em dois anos. Então debruçámo-nos sobre “As novas tecnologias e o seu impacto na comunicação social” com um grupo de oradores que são garantia, à partida, dum trabalho profícuo e sensibilizador para quem está ligado á comunicação social neste final de século e de milénio. A imprensa de inspiração cristã ocupa um espaço considerável num tempo em que a galáxia de Gutemberg parece estar ultrapassada. Entendemos que ao chegarmos mensalmente a cerca de um milhão e duzentos mil assinantes é uma prova das virtualidades da imprensa regional. Apesar de todos os problemas e dificuldades que enfrentamos: — altos custos da matéria prima; – a velocidade com que “passa” a tecnologia; – os custos exagerados das comunicações e dos CTT (dos mais caros da Europa); – a ausência de publicidade institucional do Estado; – o fraco poder de compra dos portugueses agravado com o IVA da imprensa, (levando-os a cortar antes com a leitura [jornais/revistas] do que com a farmácia ou a mercearia; – a falta de uma rede de distribuição que seja alternativa aos CTT; – a falta de hábitos da leitura do povo português e o grau elevado de analfabetismo… no caso da imprensa de inspiração cristã debatemo-nos ainda com os critérios da Alta Autoridade para a Comunicação Social, que, esquecendo o papel que desempenhamos nas regiões, só porque noticiámos a vida da Igreja, nos classifica como “publicação especializada” o que nos afasta, logo à partida, de algumas “benesses” concedidas à imprensa regional. Apesar de todas estas preocupações a imprensa regional tem muitas virtualidades que temos de realçar: – Há quem só leia o jornal da sua terra, que faz a ligação entre todos os portugueses no êxodo. – A imprensa regional leva a língua de Camões a todos os cantos da comunidade de países de língua portuguesa e mesmo a Timor onde o português já foi proibido; – A imprensa regional fornece um “serviço público” pela informação que presta; – A imprensa regional tem desempenhado um papel pedagógico junto das populações e na defesa das regiões; – A imprensa regional grava a história do país e do povo, dando-lhe uma durabilidade atemporal. – A Imprensa Regional é uma referência que temos de preservar, porque apesar dos sacrifícios com que é produzida, ela dá em síntese, as notícias nacionais e fala, quase em exclusividade, dos anseios locais e regionais. Conscientes de que a Imprensa Regional é um património cultural, permita-me, Excelência Senhor Secretário de Estado para a Comunicação Social que solicite o vosso empenho para que na nova lei de imprensa, a promulgar em breve, seja salvaguardada esta imprensa; e que despacho algum retire o “Porte Pago” à Imprensa regional. Antes seja alargado a outras publicações de índole cultural, mesmo que veículos da mensagem cristã. Se o orçamento de Estado não é suficiente para o custo do pagamento do “Porte Pago” defendemos uma negociação com os CTT para que a imprensa seja tida como um cliente especial. A nossa Associação já várias vezes se disponibilizou para defender este ponto de vista. E nunca se devem penalizar as administrações dos jornais regionais, que nunca recebem publicidade institucional nem pagamento pelo serviço público que prestam. Já vou longo na radiografia que tirei, quereria aproveitar esta ocasião para publicamente agradecer a amabilidade com que sempre temos sido recebidos quer por V.a Excelência, Senhor Secretário de Estado para a Comunicação Social, quer pelo Senhor Director do Gabinete de Apoio à Imprensa, a quem frequentemente apresentamos as nossas preocupações e de quem recebemos sempre uma palavra de esperança. A vossa vinda a este Congresso é também um sinal da vossa solidariedade com a Imprensa Regional, que quereria em nome de todos agradecer. A AIC vai hoje apresentar em público o Guia de Imprensa de Inspiração Cristã. É mais um contributo para valorizar a imprensa que temos e a certeza de que estamos “inquietos” por cada vez mais dar a conhecer quem e quantos somos, tomando consciência de nós mesmos, na esperança de valorizarmos a imprensa regional de inspiração cristã. As minhas desculpas pelo tempo que vos tomei e o meu “obrigado” pela atenção que me dispensaram. Viseu, 10 de Novembro de 1996
Conclusões do 2º Congresso:
1. A Associação da Imprensa de Inspiração Cristã (AIC) realizou de 8 a 10 de Novembro, em Viseu, o seu II Congresso, subordinado ao tema: “As novas tecnologias e o seu impacto na Comunicação Social”.
2. Foi com agrado que os delegados ao Congresso escutaram o Secretário de Estado da Comunicação Social reconhecer a AIC como “parceiro interveniente e activo” e “representativo de um importante sector da imprensa portuguesa”.
3. Da reflexão realizada com a ajuda de vários peritos na temática, o Congresso reafirmou o lugar insubstituível do jornalista e da pessoa humana, mesmo no reino das novas tecnologias.
4. O Congresso sentiu a necessidade da crescente profissionalização da imprensa de inspiração cristã. Só assim ela poderá adquirir maior qualidade e atingir o universo da lusofonia.
5. O Congresso verificou que já foram realizados esforços significativos no que respeita à modernização tecnológica dos associados da AIC. No entanto reconheceu a necessidade de acompanhar cada vez mais de perto o desenvolvimento tecnológico concretamente no que respeita à criação de redes de colaboração entre os vários órgãos de comunicação.
6. O Congresso recordou também a necessidade de a imprensa de inspiração cristã não esquecer as suas especificidades e potencialidades.
7. O Congresso sublinhou a necessidade absoluta da manutenção do Porte Pago como reconhecimento do serviço público prestado à cultura portuguesa pela imprensa de inspiração cristã.
8. O Congresso saudou a publicação do Guia de Imprensa de Inspiração Cristã e formulou votos para que brevemente o mesmo possa estar disponível em CD ROM.
3º Congresso da AIC – Coimbra 1998
“Uma Imprensa para o Novo Milénio”
(realizado em Coimbra nos dias 3, 4 e 5 de Dezembro de 1998)
Programa do 3º Congresso:
3 Dezembro – Sexta-feira: 18.00h – Abertura do Secretariado. 21.00h – Boas vindas – Leitura do programa. 21.15h – “Os Meios de Comunicação Social de Inspiração Cristã, – Que Desafios”, por: José António Santos, jornalista do DN
4 Dezembro – Sábado: 09.30h – Abertura oficial, presidida pelo Secretário de Estado da Comunicação Social, Arons de Carvalho. 10.00h – 2.ª Conferência “Que Linguagem Jornalística para o Novo Milénio”, por: Jorge Wemans, director de informação da Agência Lusa. 11.00h – “A necessidade de formação… exige profissionalização” por: Fernando Cascais, director do CENJOR. 12.00h – Painel – “A Imprensa e a Publicidade”, por Edson Ataíde (empresário e criativo de publicidade) e José Manuel Vicente Ferreira (professor universitário). Moderador: João Palmeiro (professor universitário). 13.00h – Almoço (Gráfica de Coimbra). 17.30h – Tarde cultural (Casa Fernando Namora) Condeixa e Conímbriga – Mosteiro de Santa Clara a Velha, Baixa da cidade, – recepcção na Câmara, seguida de Jantar oferecido pela edilidade, com fados de Coimbra.
5 Dezembro – Domingo: 08.30h – Reunião Geral da AIC. 10.00h – “Os Valores Cristãos na Imprensa de Inspiração Cristã”, por José Manuel Pureza (professor universitário). 11.00h – Sessão de encerramento, presidida por D. João Alves, Presidente da Comissão Episcopal para os Meios de Comunicação Social. 12.00h – Eucaristia na igreja de S. José. 13.00h – Almoço.
Encerramento do 3º Congresso – Palavras do Presidente: O nosso 3.º Congresso está a chegar ao fim. É com alegria que podemos afirmar que os objectivos traçados no inicio, foram alcançados. Graças à vossa participação, a dedicação dos oradores, à dinâmica da equipa criada pelo Secretário Diocesano de Coimbra, moderada pelo Revº. Cónego Adriano Santo, e ainda o apoio recebido do: Instituto de Comunicação Social; Revª. Irmã Superiora das Irmãs de S. José de Cluny; Câmara Municipal de Coimbra; Região de Turismo de Coimbra; Câmara Municipal de Condeixa; Gráfica de Coimbra; A. Santo; Diocese de Coimbra; Banco Espírito Santo e Pinto & Sotto Mayor; Cafés Delta; Companhia das Águas do Luso e Colégio de S.Teotónio. A todos a expressão do nosso muito obrigado. O tema do Congresso “Uma Imprensa para o Novo Milénio”, pensamos que foi oportuno e os oradores souberam abrir caminhos a percorrer neste mundo de tanta concorrência. Vai, certamente, produzir os seus efeitos, pois apesar das dinâmicas dos meios concorrenciais, as virtualidades da imprensa escrita sobrepor-se-ão e a língua de Camões continuará a atravessar fronteiras e continentes para trocar mensagens e fazendo a história do país e das suas gentes que ficará gravada na durabilidade atemporal da imprensa. Pensamos que a imprensa regional é uma referência que temos de preservar já pelo “serviço público” que presta na informação que veicula, já pela forma como fala dos anseios e preocupações regionais e, sobretudo, por que ela é acarinhada e lida pelos leitores habituais que se habituaram a ter uma relação de cumplicidade, cujo ”feed-back” chega diariamente às nossas redacções. No actual contexto nacional, tal qual foi reflectido no nosso primeiro Congresso em 1994, há uma lacuna no mundo da imprensa escrita nacional. Falta um semanário que seja referência para os cristãos fazerem a leitura cristã, dos acontecimentos que nos envolvem… Em boa hora, porém, os jornais regionais, á sua maneira, souberam ocupar este espaço. E hoje assistimos, com agrado, à melhoria de muitos jornais que vão enriquecendo as suas páginas com qualidade gráfica e conteúdos apreciáveis. Ainda bem. À falta de uma entidade que deite mãos a um projecto que pensamos ter espaço para caminhar, apelamos aos responsáveis da imprensa regional para continuarem a apostar num profissionalismo,que se tem vindo a acentuar, para que o produto final que colocamos nas casas dos leitores não nos envergonham e correspondam aos seus anseios… dizendo o que outros não dizem, levando sinais de esperança e de razões para viver, quando outros se preocupam mais com teorias niilistas e em serem apóstolos de desgraça e do infortúnio… Estamos certos que foram lançadas sementes à terra que hão-de frutificar. E perante os desafios das novas tecnologias em interacção com os outros “mass media”, os cerca de 500 títulos de inspiração cristã de norte a sul do país, alguns aqui presentes, vão enfrentar o futuro com um novo olhar e uma nova esperança que se vai reflectir nas manchetes e nos conteúdos, por onde passe a mensagem de esperança evangélica que é a que pode trazer a felicidade aos homens no novo milénio… Dentre os vários desafios com que nos vamos confrontar, quiçá tenhamos que unir títulos de determinada zona geográfica, para os reforçar e não para os extinguir; temos que contar com a velocidade e dinamismo dos outros media a que a imprensa não é capaz de responder. A nossa força advém-nos de sabermos ler os sinais dos tempos e, numa linguagem simples, apontar as virtualidades que a vida tem, pela positiva na alegria que nos vem do espírito. Realçar mais o que de bom se faz do que o que fica por fazer ou é mal feito. Agradecemos a vossa participação e o apoio que nos chegou, de perto e de longe, e reafirmamos o nosso empenhamento nesta causa, que passa pelo associativismo. Como reflexo do trabalho realizado neste Congresso, passamos à leitura do texto final:
Conclusões do 3º Congresso:
A imprensa missionária tem expressão muito significativa na AIC. O seu objectivo é, por um lado, promover o conhecimento das culturas e dos problemas de outros povos, contribuindo para o estabelecimento de relações internacionais caracterizadas pela justiça, solidariedade e cooperação; por outro, fomentar a preservação e o desenvolvimento de língua e da cultura portuguesas, «pois chegamos a todos os cantos onde se fala a língua de Camões, seja no espaço lusófono, seja onde há êxodo português», como afirmou o Presidente da AIC, António Salvador dos Santos. De entre os desafios que se apresentam à imprensa cristã do próximo milénio contam-se: o reforço da formação dos comunicadores e da profissionalização dos meios, a renovação da linguagem e do estilo de comunicação, a redefinição de projectos e a concertação de estratégias. O crescimento da imprensa de inspiração cristã passa pela continuada formação e especialização dos profissionais, de modo a proporcionar-lhes novas competências técnicas, mas também meios de aculturação e de leitura adequada da realidade. Além disso, requer um maior dinamismo empresarial e mais competitividade no sector da publicidade e do marketing, sem comprometer a nossa identidade. Na era da imagem, a linguagem jornalística deve ser viva, despertar emoções, «dar a ver os acontecimentos», sem comprometer a verdade da mensagem. A imprensa de inspiração cristã sente-se interpelada a redefinir objectivos, a congregar esforços e meios, com vista à planificação e maximização das suas potencialidades. Os meios de comunicação, como «primeiro areópago dos tempos modernos» (Redemptoris Missio, 37), devem constituir uma prioridade da Igreja. A imprensa tem futuro. «Más notícias para as árvores»! A emergência da Internet não ameaça a imprensa escrita, que continua imprescindível como instrumento de informação, debate de ideias problemas, reforço da coesão das comunidades e formação da opinião pública. Por isso, reafirmamos a necessidade absoluta dos apoios estatais supletivos, na forma de porte pago e outros incentivos.
4º Congresso da AIC – Guarda 2001
“A Imprensa Cristã face à Mundialização”
(realizado na Guarda nos dias 25, 26 e 27 de Outubro de 2001)
Programa do 4º Congresso:
Dia 25 Outubro – Quinta-Feira: 17.00h – Abertura do Secretariado. Acolhimento e distribuição de pastas do Congresso. 19.00h – Jantar livre. 21.00h – Fórum AIC. “Limites e Desafios da Imprensa de Inspiração Cristã”. Dr. Pedro Magalhães. Moderador: Pe. Elísio Assunção.
Dia 26 Outubro – Sexta-Feira: 09.00h – Sessão de Abertura – Membro do Governo; Entidades Locais; Comissão Episcopal. 09.30h – Intervalo para café. 10.00h – “Globalização, questão incontornável”. Professor Sousa Franco. Moderador: Cónego Eugénio da Cunha Sério. 11.30h – Mesa Redonda “Desafios político-sociais da globalização”. Dr. Jorge Wemans. “Desafios éticos da globalização”. Dr. Bagão Félix. Moderador: Pe. Salvador dos Santos 13.00h. – Almoço: oferta da Câmara Municipal da Guarda. 15.00h. – Tarde social – Serra da Estrela, Vale Glaciar. 17.00h. – Prova de Queijos da Serra: oferta da Câmara Municipal de Manteigas. 17.30h. – Visita a Sortelha. 18.00h. – Painel – moderado pelo Pe. Arlindo Ferreira Pinto e com presença de Pacheco de Andrade. 20.00h. – Jantar: oferta da Câmara Municipal do Sabugal. Noite Cultural.
Dia 27 Outubro – Sábado: 09.00h. – “Globalização e Imprensa Regional”. Dr. José Manuel Fernandes. 10.00h. – Intervalo para café. 10.30h. – Atelier “A imprensa, caminhos de futuro” Dr. José António dos Santos. “A Igreja e a comunicação social” Pe. Nuno Brás; “A comunicação social e a Internet” Dr. Nelson Ribeiro. Moderador: Pe. Tony Neves. 13.00h. – Almoço: oferta do Governo Civil da Guarda. 15.00h. – “A Missão da Imprensa Regional em prol de uma globalização humana”. Dr. Carlos Moreira Azevedo. Moderador: Pe. Francisco Pereira Barbeira. 16.00h. – Conclusões. 17.00h. – Sessão de Encerramento.
Conclusões do 4º Congresso:
O IV Congresso da Associação de Imprensa de Inspiração Cristã, reunido na cidade da Guarda de 25 a 27 de Outubro, chegou às seguintes conclusões:
1. Manifestar confiança no futuro da Imprensa Regional já que, embora vivamos num mundo globalizado, nota-se um interesse crescente dos cidadãos pelos temas que Ihes estão mais próximos.
2. Reconhecer a importância da internet como fonte de informação e modo de divulgação complementar dos órgãos regionais de comunicação social.
3. Alertar para a necessidade de uma constante renovação dos conteúdos editoriais no sentido de satisfazer o interesse dos actuais leitores e atrair novos.
4. Salientar que, num tempo de globalização desregulada que destrói valores civilizacionais, é indispensável continuar a ter como principal referência a defesa da dignidade da pessoa humana e o serviço à verdade.
5. Dedicar especial atenção aos factos socialmente mais próximos dos leitores, contribuindo para a preservação dos valores culturais que identificam as diferentes comunidades.
6. Assumir que, na época do curto prazo, a Imprensa de Inspiração Cristã tem também como função descobrir e apontar sinais de esperança, numa atitude de profecia.
7. Lamentar o facto de as notícias originalmente publicadas na imprensa regional serem depois aproveitadas pelos grandes media sem citação da fonte.
8. Reconhecer a necessidade de, numa economia de mercado cada vez mais concorrencial, ser necessário estabelecer e fortalecer laços de união entre os diversos títulos de comunicação social. Por outro lado, os participantes no Congresso decidiram:
a) Formular votos de rápido restabelecimento do Presidente da Direcção, Padre António Salvador dos Santos, hospitalizado de urgência no inicio do Congresso.
b) Agradecer o esforço da comissão local organizadora do Congresso e os apoios recebidos de várias entidades.
Guarda, 27 de Outubro de 2001
5º Congresso da AIC – Braga 2003
“A Imprensa de Inspiração Cristã: Realidade ou Utopia”
(realizado em Braga nos dias 13, 14 e 15 de Novembro de 2003)
Programa do 5º Congresso:
13 Novembro – Quinta-feira: 17.00h – Abertura do Secretariado. Acolhimento. 20.00h – Jantar Livre. 21.00h – Boas vindas – Apresentação do programa. 21.30h – “A Imprensa de Inspiração Cristã, – Um diagnóstico”, Dr. José Manuel Vicente Ferreira.
14 Novembro – Sexta-feira: 09.00h – Abertura oficial. 10.00h – “Imprensa de Inspiração Cristã: Riscos e Oportunidades”, Professor Manuel Pinto. 11.30h – Painel – “Um Modo de ver a Imprensa de Inspiração Cristã”, por: Monsenhor Silva Araújo, Dr. José da Silva e Dr. António Marujo. Moderador: Padre João Aguiar. 13.00h – Almoço (Rest. Abadia D´Este). 14.00h – Tarde cultural.
15 Novembro – Sábado: 09.00h – “Imprensa de Inspiração Cristã: Um olhar político”, Dr. António Lobo Xavier. 10.00h – Leitura das Conclusões. 11.00h – Eucaristia. 12.30h – Almoço de Encerramento. (Palavras de introdução proferidas pelo Dr. José Manuel Vicente Ferreira): “Quando olho a janela do mundo não gosto do que vejo. Mas ainda gosto menos que me coloquem perante realidades mediaticamente trabalhadas. Os tempos não são fáceis e por isso mesmo é necessário questioná-los e incomodar os novos senhores que se julgam donos dos tempos. Fazer perguntas, interpretar sinais e tendências é vital para encontrar alternativas. Recordo Moisés quando recomendava: — “Interroga os tempos antigos que te precederam, desde o dia em que Deus te criou sobre a terra”… Os tempos são de grande complexidade e tudo indica que estão para durar… Analisemos alguns dos sinais bem presentes nos “Tempos de Mudança”, nos “Tempos de Palavra”, nos Tempos de Desassossego” e nos “Tempos de Esperança”.” José Vicente Ferreira Gestor e Docente Universitário ISCSP-UP
Encerramento do 5º Congresso – Palavras do Presidente: Excelência Senhor Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Presidência, Presidente da Comissão Episcopal para os Meios de Comunicação Social, Ex.mo. Senhor Presidente Civil do Distrito de Braga, Ex.mo. Senhor Presidente da Câmara Municipal de Braga, Ex.mo Doutor da Fac. de Filosofia de Braga da UCP, Senhores e Senhoras Congressistas, Ex.mos Profissionais da Comunicação Social, Minhas Senhoras e meus Senhores, Estamos a chegar ao fim do nosso 5.º Congresso, cujos objectivos foram plenamente alcançados, graças à vossa participação, à dinâmica equipa local, à dedicada colaboração dos oradores e aos apoios recebidos dos: — Instituto da Comunicação Social — Fundação Eugénio de Almeida — Jornal Diário do Minho — Jornal “ a defesa” — Restaurante Abadia D’Este — Cafés Delta — Região de Turismo Verde Minho — BPI — Ex.mo. Conservador do Convento de Tibães — Cabido da Catedral Metropolitana de Braga — Reitor do Seminário Conciliar de Braga — Secretariado das Com. Sociais da Arquidiocese de Braga A todos a expressão do nosso muito obrigado. Viemos até à cidade de Braga, onde a modernidade convive harmoniosamente com a história, por opção de realizarmos os nossos Congressos no interior, mas também pelo apoio que, desde a primeira hora, recebemos da equipa constituída pelo Cónego Fernando Monteiro, Padre João Aguiar e Dr. Luís Carlos Fonseca. A eles se deve grande parte do êxito deste Congresso. O tema do Congresso “Imprensa de Inspiração Cristã: Realidade ou Utopia” foi objecto de várias reflexões entre a equipa local e a direcção da Associação. Pensamos que o tema foi oportuno, sobretudo porque se vive um período de alguma perplexidade acerca dos desafios que se levantam: • Os grandes grupos a querer controlar os media; • O dinamismo do suporte “on line”; • A fraca tendência para a leitura; • A sobreposição de alguns casos mediáticos face a outros acontecimentos atirados para 2.º plano; • As questões económicas que se sobrepõem à dignidade peculiar da pessoa humana; • A omissão de informação religiosa, que não só a de escândalo; • O total esquecimento dos documentos emanados da Santa Sé o modo como os assuntos são obsessivamente tratados. • E obviamente que também situações diversas na área da Comunicação Social. Muita gente gostaria que imputássemos a responsabilidade para a ou para b. Rejeitamos esta posição! Na sociedade pluralista e democrática em que vivemos, debater-nos-emos para que a imprensa de inspiração cristã não seja descriminada, mas aceite como imprensa de interesse local e regional, mesmo quando nos seus conteúdos também apareça a temática religiosa, que outros por ideologia ou por ignorância sistematicamente descriminam e marginalizam. Não nos peçam para abrir “guerra”, seja a quem for. Já manifestámos o nosso pensamento sobre o papel que a imprensa regional tem, mesmo antes da publicação do estudo recente que diz que, um em cada dois portugueses lê jornais regionais com destaque para as publicações semanais, num total de 50,9 de portugueses que lê jornais regionais e 67,7 que lê títulos nacionais, embora este estudo seja prejudicado pela exclusão da leitura de revistas. E são muitos milhares de exemplares de revistas, sobretudo missionários, que chegam aos portugueses… • Ela é a mais lida no seio das populações rurais e nas comunidades espalhadas pelo mundo. • É a imprensa regional que dá a conhecer as potencialidades e as dificuldades locais… • Espalhada pelo mundo, desempenha uma verdadeira pedagogia no ensino da língua materna, na divulgação da nossa cultura, no apelo à solidariedade, na informação de questões pontuais, como é no presente, a constituição para a Europa, a legalização dos emigrantes, etc., etc. • Temos muitas preocupações nestes tempos que são difíceis, como sejam: – Os altos custos da matéria prima; – A reciclagem dos produtos que têm de ser pagos pelas empresas; – A redução do porte pago; – O fim dos descontos com a Portugal Telecom (PT); – O IVA sobre os jornais; -O decreto-lei 56/2001, que obriga ao pagamento antecipado das assinaturas; – A publicidade do Estado desviada da imprensa regional, não obstante a legislação e acordos em vigor; – A concorrência de jornais das autarquias e das grandes superfícies comerciais, tirando a publicidade que deveria ser encaminhada para os jornais regionais; – A organização contabilística dos pequenos jornais, que queremos se transformem em pequenas empresas; – Também a falta de interesse dos novos jornalistas, em querer trabalhar na província… E sei lá quantos outros problemas poderíamos inventariar… Penso que nos preocupa, particularmente, a dificuldade de cumprir o decreto-lei 56/2001, que desde a sua publicação apresentámos a nossa discordância e que estamos à espera que o actual governo tenha coragem de revogar e, ao mesmo tempo, para, em diálogo com as Associações do sector, promulgar nova legislação que acabem com algumas aberrações do 56/2001. Gostaria de terminar positivamente, lembrando que somos actuantes da história gravada cada dia nas páginas da nossa imprensa, que deve buscar no evangelho uma boa notícia que nos impele a não desanimar e a aceitar os desafios, delineando respostas estrategicamente pensadas… Os comunicadores dos cerca de 500 títulos de inspiração cristã deste país, vão enfrentar o futuro com novo olhar e uma nova esperança, reflexo da mensagem cristã informada nos conteúdos dos nossos jornais e revistas que mensalmente chegam a mais de um milhão e duzentos mil leitores… Gostaríamos de ter apresentado já a revista deste Congresso, marcando também o 10.º aniversário da AIC. Dentro de dias chegará às vossas mãos. Agradecemos o apoio e a presença do Senhor Secretário de Estado e dos nossos convidados; orgulhamo-nos do trabalho dos Senhores Congressistas. Registámos a presença da comunicação social. Resta-nos reafirmar o nosso empenhamento nesta causa tão nobre e na qual apostamos — que é a imprensa local e regional. A todos o nosso muito obrigado!
Conclusões do 5º Congresso:
O 5.º Congresso da Associação da Imprensa de Inspiração Cristã, reunido em Braga de 13 a 15 de Novembro de 2003, por ocasião do 10.º aniversário da AIC, para reflectir sobre o tema “Imprensa de Inspiração Cristã, Realidade ou Utopia?”, aprova as seguintes conclusões:
1- Num tempo caracterizado pelo desassossego, insegurança e mudança, a Imprensa de Inspiração Cristã reafirma a prioridade que atribui à pessoa humana, reassumindo o compromisso de informar com objectividade, realçando os aspectos positivos que contribui para uma sociedade nova, numa linha de esperança.
2- Neste contexto, a Imprensa de Inspiração Cristã quer ser, principalmente e cada vez mais, a voz dos mais simples e dos mais esquecidos, reflectindo os reais problemas, ansiedades e interrogações das comunidades que servem, mantendo ao mesmo tempo uma forte ligação aos emigrantes e “PALOP´s”.
3- Como prestadora de um inequívoco serviço público, concretizado na preservação da cultura portuguesa e da identidade nacional, a Imprensa de Inspiração Cristã, merece o apoio do Estado, indispensável num tempo de globalização que leva a concentrar o poder dos “média” nas mãos de alguns empresários que têm cada vez mais interesses no sector.
4- A Imprensa da Inspiração Cristã aposta, cada vez mais, na urgência de avançar na modernização tecnológica, na formação profissional permanente e na renovação de conteúdos como forma de acompanhar o desenvolvimento do sector.
5- Outro dos desafios que se assume, reside na procura de novos leitores, numa ligação estreita com as instituições de ensino dos vários níveis.
6- O Congresso aposta ainda, como caminho de futuro, no estabelecimento de formas de cooperação entre diversos títulos, salvaguardando as respectivas especificidades e/ou caminhando para parcerias duradouras, estabelecidas com base em projectos claros e bem definidos.
7- Apontando num jornalismo de proximidade, comunitário e cívico, a Imprensa de Inspiração Cristã reafirma o compromisso com a ética e deontologia profissionais, procurando “fazer o bem”, fazendo-o bem.
8- Num país que tem um dos índices de leitura dos jornais mais baixos da Europa, os participantes do V Congresso da AIC, exigem do Governo apoio à promoção da leitura dos jornais e à difusão da Imprensa, e reclamam o cumprimento dos preceitos legais relativos à distribuição da publicidade institucional.
9- Porque a Democracia tem por base a existência de uma Comunicação Social livre, o Estado tem um papel insubstituível na criação de condições mínimas que garantam a existência de uma Imprensa que fomente os equilíbrios sociais, necessários para a construção de uma sociedade moderna e que actua com base em valores sólidos e reconhecidos universalmente.
Braga, 15 de Novembro de 2003
6º Congresso da AIC – Turcifal, 2006
“Imprensa de Inspiração Cristã: Novos Caminhos”
(realizado no Centro Diocesano de Espiritualidade do Sagrado Coração de Maria – CDE, localizado na vila do Turcifal, Torres Vedras, nos dias 23, 24 e 25 de Março de 2006)
Programa do 6º Congresso:
23 Março – Quinta-feira: 17.00h – Abertura do Secretariado. Acolhimento. 20.00h – Jantar. 21.00h – Boas vindas – Apresentação do programa. 21.30h – “A Imprensa de Inspiração Cristã, – Serviço Público”, Prof. Luís Santos.
24 Março – Sexta-feira: 10.00h – Abertura oficial. 11.00h – “Jornalismo de Valores e de Proximidade”, Dr. Pedro Coelho. 13.00h – Almoço. 15.00h – Painel “Cocktail de Imprensa” moderado pelo Dr. Mário Martins. “Publicidade – Dr. João Palmeiro”; “Mercado de Vendas e Assinaturas – Dr. João Moraes Palmeiro”; “Internet – Dr. Nelson Rodrigues”; “Formação – Dr. Fernando Cascais”; “Parcerias – Dr. António Rêgo”. 18.00h – Eucaristia presidida por D. Manuel Clemente, Presidente da Comissão Episcopal da Cultura, dos Bens Culturais e das Comunicações Sociais. 19.00h – Passeio, jantar e Noite cultural.
25 Março – Sábado: 08.00h – Assembleia Geral da AIC. 10.00h – “Marketing” – Dr. Carlos Liz. 11.00h – Sessão solene e Leitura das Conclusões. 13.00h – Almoço de Encerramento.
Conclusões do 6º Congresso:
O 6º Congresso da Associação de Imprensa de Inspiração Cristã, reunido em Turcifal de 23 a 25 de Março de 2006, para reflectir sobre o tema “Imprensa de Inspiração Cristã, Novos Caminhos”, aprova as seguintes conclusões:
1 – Em tempos de mudança e crise, urge que a imprensa de inspiração cristã corresponda aos desafios. A diferença da sua identidade, de serviço público, alicerçada nos valores que defende, com uma atenção particular ao outro, implica a inovação permanente.
2 – Importa conquistar novos públicos, especialmente jovens, adequando a comunicação às novas formas de interacção. Exigimos que o Estado cumpra as leis relativas ao sector, “não prestando por isso nenhum favor”.
3 – A imprensa cristã, assente num jornalismo de valores, na relação de “proximidade” e “independência”, deve suscitar o debate, promover o esclarecimento da opinião pública e educar para os Media, exercendo a sua função social.
4 – Os novos tempos exigem uma resposta adequada à falta de organização comercial com uma estratégia baseada no marketing directo. Os órgãos de comunicação social de inspiração cristã devem apostar no mercado das assinaturas para fidelizar os leitores e aumentar as vendas efectivas.
5 – É importante reforçar a profissionalização e a formação integrada sustentada nas novas tecnologias, como a presença na internet e estabelecer parcerias que tornem o produto jornalístico com maior qualidade.
6 – A AIC repudia as alterações em curso, no sector da comunicação social, no que respeita ao estatuto do jornalista e à taxa de regulação e supervisão da nova entidade reguladora. Estará atenta para, no local próprio, fazer ouvir a sua voz.
7 – Os órgãos de comunicação de inspiração cristã devem conhecer o consumidor dos seus produtos, de forma a potenciar a comunicação através do marketing. Importa ainda que estabeleçam parcerias para vender melhor, no mercado de publicidade, o valor e a vantagem competitiva desta imprensa.
8 – Os 73 congressistas saúdam a direcção da AIC, liderada pelo padre António Salvador dos Santos, fazendo votos de continuação de um excelente trabalho. Depositam confiança nos órgãos sociais, hoje eleitos, e auguram um futuro promissor, nos novos caminhos que importa percorrer.
Turcifal, 25 de Março de 2006.
7º Congresso da AIC – Bragança 2008
“Vencer Impactos”
(realizado em Bragança, nos dias 27, 28 e 29 de Novembro de 2008)
Programa do 7º Congresso:
– “Imprensa de Inspiração Cristã – Vencer Impactos”
Dia 27 (Quinta feira):
19H00 – Abertura do Secretariado
– Informações.
– Jantar (livre).
Dia 28 (Sexta feira):
09H00 – Abertura Oficial do Congresso.
10H00 – Painel: “Impactos sobre a Comunicação Social”, moderado por Pe. Elísio Assunção;
Mesa composta por: Carlos Camponez (Prof. Catedrático);
– Intervalo.
11H15 – Painel: “Imprensa e Digital; Parceiros ou Concorrentes”, moderado por Drª Maria da Conceição Vieira;
Mesa composta por: Manuel Pinto (Prof. Catedrático), Luísa Ribeiro (Jornalista) e Sérgio Gomes (Jornalista);
13H00 – Almoço no Hotel;
– Tarde Cultural.
15H30 – Conhecer a cidade – Video – Visitas guiadas.
20H00 – Jantar, oferecido pela Autarquia com animação e música popular;
– Noite Livre.
Dia 29 (Sábado):
09H00 – Painel: “Tentativas para Vencer Impactos”, moderado pelo Jornalista Fernando Miguel;
Mesa composta por: Augusto Lopes (Mensageiro Notícias), Pedro Conceição (Dep. Comunicação Social – Arquidiocese de Évora) e Fernando Monteiro (Adm do Diário do Minho);
– Intervalo.
11H15 – Painel: “Imprensa Regional no Contexto das Regiões”, moderado por Pe. Fernando Calado;
Mesa composta por: Francisco Cepeda (Prof. Jubilado), César Urbino (ex-Dir. de Voz do Nordeste) e Alexandre Manuel (Jornalista);
– Intervalo.
12H15 – Sessão Solene – Homenagem aos associados:
Cón. Adriano Santo, Cón. José Vieira e Jornalista Inocêncio Pereira.
– Leitura das Conclusões.
Intervenções:
-Membro do Governo;
– D. Manuel Clemente, Presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais.
– Almoço de Confraternização.
——————————————-
Conclusões do VII Congresso da AIC:
“Vencer impactos”, foi o tema e o propósito que levou à realização do VII Congresso da Associação de Imprensa de Inspiração Cristã (AIC), realizado de 27 a 29 de Novembro de 2008, na cidade de Bragança.
Em dia de forte nevão, os congressistas foram acolhidos pelas palavras calorosas do Governador Civil e do Presidente da Câmara de Bragança.
Também D. António Montes, Bispo de Bragança-Miranda, saudou os participantes no Congresso, desafiando a imprensa cristã a transformar as dificuldades em oportunidades, com o objectivo de se vencerem os impactos negativos actuais.
Participaram nesta iniciativa oitenta e três congressistas, que aprovaram as seguintes considerações e conclusões:
1 – Colocam-se à imprensa regional, e nomeadamente à de inspiração cristã, neste período de crise económica e social, vários desafios que devem assentar em estratégias de actuação a vários níveis: maior profissionalismo, melhoria das estruturas técnicas, comerciais, de marketing e de administração, melhoria dos produtos em termos de apresentação estética e de conteúdo.
2 – Neste repensar de estratégias, os leitores devem ser a prioridade, sobretudo os mais jovens, garante do futuro da imprensa. Daí a importância da aposta: nas novas tecnologias, na digitalização e na formação dos profissionais nas novas linguagens de comunicação, possibilitando um jornalismo cívico e de proximidade em que os leitores colaboram na elaboração de conteúdos e onde se concebe a comunicação como um diálogo.
3 – Um dos maiores desafios actuais que se colocam à imprensa regional é a cooperação entre os vários títulos, que promova a complementaridade, respeitando a identidade de cada publicação, fomentando um maior fortalecimento e impacto da imprensa de inspiração cristã.
4 – É unanimemente aceite que a imprensa e o digital são parceiros e não concorrentes, pelo que se impõe o acompanhamento da marcha imposta pelo digital, com a adaptação a esta nova realidade. Daí a necessidade de se pensarem os projectos em rede, de se rentabilizarem recursos e de uma programação numa escala mais ampla.
Neste VII Congresso, a AIC homenageou: os Cónegos Adriano Santo e José Vieira e o jornalista Inocêncio Pereira, expressando-lhes todo o reconhecimento da associação pelo trabalho e dedicação ao serviço da imprensa cristã.
O Presidente da Direcção da AIC, Padre Salvador dos Santos, em nome dos associados, reiterou a política negativa deste Governo para o sector da Comunicação Social. A Associação de Imprensa de Inspiração Cristã exige ao Estado que cumpra o protocolo com as associações, e de que há legislação publicada, para a distribuição equitativa da publicidade institucional, como reconhecimento do serviço público prestado, e que mantenha como prioritário o incentivo à leitura, para que não se perca a ligação com a comunidade portuguesa na diáspora e países lusófonos.
Pedro Berhan da Costa, presidente do Gabinete dos Meios de Comunicação Social, manifestou a disponibilidade deste organismo governamental para discutir e avaliar com a associação as políticas públicas respeitantes à comunicação social e, mais concretamente, à de inspiração cristã.
D. Manuel Clemente, Bispo do Porto e Presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, no encerramento do Congresso, deixou aos participantes uma mensagem de alento e de esperança e recordou que os grandes desafios para a imprensa de inspiração cristã são económicos e de âmbito tecnológico e frisou a importância do papel da AIC enquanto associação que conjuga e representa os títulos de inspiração cristã de Portugal e também pela iniciativa da organização deste congresso, no qual foram apresentados bons exemplos de iniciativas de órgãos de comunicação social que procuram ultrapassar os constrangimentos e dificuldades com dinamismo, transformando problemas em projectos viáveis e compensadores.
Agradecimentos:
A Comissão Organizadora do VII Congresso da AIC apresenta o seu agradecimento às entidades que colaboraram na organização deste evento, nomeadamente: Câmara Municipal de Bragança, Região de Turismo do Nordeste Transmontano (em extinção), Barclays, Junta de Freguesia da Sé de Bragança, Gabinete dos Meios de Comunicação Social, Jornal “Mensageiro Notícias” e Governo Civil de Bragança.
——————————————————————–
VIII Congresso da AIC
“Reinventar/Fechar Jornais”
(Realizado no Seminário Diocesano de Leiria, nos dias 11 e 12 de Novembro de 2011)
Programa:
11 de Novembro:
08h00 – Abertura do secretariado
09h45 – Sessão de abertura – D. António Marto, Bispo de Leiria -Fátima, e entidades convidadas
10h15 – Painel “Análises” – Alexandre Manuel, jornalista e professor universitário;
Pedro Jerónimo, do Observatório Ciberjornalismo; Luís Miguel Ferraz, de “O Mensageiro”
Moderadora: Luísa Ribeiro, do Diário do Minho
11h45 – Intervalo
12h15 – Painel “Testemunhos” – Experiência dos jornais Reconquista e Folha do Domingo
13h00 – Almoço
14h30 – Painel “Realidades” – Debate com intervenientes nos painéis da manhã
15h30 – Visita ao Moínho de Papel em Leiria
16h30 – Visita ao Mosteiro de Santa Maria da Vitória
18h00 – Visita ao Museu da Comunidade Concelhia da Batalha
20h00 – Jantar cultural no restaurante “A Aldeia de Santo Antão”
12 de Novembro:
09h30 – Conferência “Potencialidades” – Cónego João Aguiar, presidente do conselho de administração da Rádio Renascença.
10h45 – Intervalo
11h15 – Painel “Perspectivas” – António Granado, professor universitário; Alexandra Serôdio, jornalista do JN; Nuno Rosário Fernandes, do Departamento da Comunicação do Patriarcado de Lisboa; Tony Neves, da Missão Press
Moderadora: Maria da Conceição Vieira, do Jornal da Família
13h00 – Almoço
15h00 – Filme “Vox Populi”
– Painel “Rumos” – Debate com os intervenientes no painel da manhã
17h00 – Sessão de encerramento – D. João Lavrador, Bispo auxiliar do Porto, e entidades convidadas
– Leitura das conclusões
17h30 – Visita ao Museu da Imagem em Movimento (MIMO), em Leiria.
Conclusões do 8º Congresso:
Onde é que queremos estar no próximo congresso?
VIII Congresso da Associação de Imprensa de Inspiração Cristã
CONCLUSÕES:
Num tempo de crise, em que diminui o número de leitores e com o boom das novas plataformas digitais de comunicação, seis dezenas de pessoas, sobretudo responsáveis de jornais e jornalistas, reflectiram sobre «Reinventar ou fechar jornais?», a 11 e 12 de Novembro, em Leiria.
O desaparecimento de títulos, (na última década, já fecharam 77 títulos da AIC) tem vindo a preocupar os responsáveis da associação de imprensa de inspiração cristã. Os tempos são de incerteza, mas a imprensa regional cumpre «serviço público», liga as pessoas à comunidade e à diáspora. É «memória histórica do país e do povo».
Estão aí «desafios, impactos e exigências, que se colocam de modo mais premente e até ameaçador». A realidade é conhecida e o diagnóstico está feito há muito tempo. «Para quando as parcerias, a profissionalização e a entrada definitiva no digital?» Reinventar os jornais, para evitar o seu fecho, passa pela formação profissional, pela aposta no marketing e pelas novas plataformas digitais.
«Algures entre a esperança e o medo», o rumo ao futuro passa por sair do «aquário», e iniciar um caminho com as coordenadas da identidade, das parcerias, da interacção, das soluções integradas de comunicação sem esquecer que somos «agências de sentido». «Acabou o tempo de fazer de conta e para quem está a fazer de conta, acabou mesmo o tempo».
Mais do que «comunicar para» é preciso «comunicar com», aproveitando a convergência entre os diferentes suportes (tradicionais e digitais) e que os jornalistas assumam, cada vez mais, o papel de mediadores. Os jornais em papel terão futuro se os conseguirmos reinventar, rasgando e alargando horizontes. A imprensa de inspiração cristã «não cumprirá o seu papel se continuar desgarrada da pastoral, dessintonizada da Igreja ou cercada pelos muros do adro».
A imprensa de inspiração cristã apela aos responsáveis da tutela para que mantenham o apoio de incentivo à leitura, como reconhecimento do serviço público que esta presta. A AIC lembra que continua a ser o «parente pobre da comunicação social», ainda que represente um milhão e meio de leitores.
O Secretário de Estado, responsável pela tutela, reconheceu o papel que a imprensa de inspiração cristã desempenha e os valores que promove, disponibilizando-se para dialogar com a AIC no sentido de encontrar soluções para os problemas que o sector atravessa.
A Comissão do 8º Congresso da AIC agradece a todas as entidades que colaboraram na organização deste evento, nomeadamente: Presidentes da Câmara Municipal de Batalha e de Leiria, Entidade Regional de Turismo de Leiria-Fátima, Comissão Intermunicipal do Pinhal de Leiria, Caixa de Crédito Agrícola e Mosteiro da Batalha, Instituto Politécnico de Leiria, Banco Santander-Totta, Gabinete para os Meios de Comunicação Social, Jornais «O Mensageiro», «A Defesa», a revista «Fátima Missionária» e ao reitor do Seminário diocesano de Leiria, pela sua recepção e agradável estadia que proporcionou a todos os congressistas, não esquecendo outras entidades que directa ou indirectamente nos apoiaram neste evento.
Congresso da AIC, no Seminário Diocesano de Leiria, aos 12Nov2011.
IX Congresso
“MEDIAdores da alegria e do encontro”
(realizado no Hotel de S. Bento da Porta Aberta, Rio Caldo – Gerês, nos dias 23, 24 e 25 de outubro de 2014)
Programa:
Dia 23 de outubro (quinta feira):
21h15 – Apresentação de Boas Vindas pelo Presidente da Assembleia Geral da AIC, Cón. João Aguiar Campos;
21h30 – Sessão de Abertura – D. Jorge Ortiga, Arcebispo de Braga;
22h00 – Conferência: – S. Bento e a Europa – Carlos Aguiar Gomes, Irmandade de S. Bento da Porta Aberta.
Dia 24 de outubro (sexta feira):
08h00 – Missa (presidida por D. Jorge Ortiga)
08h45 Pequeno almoço
09h15 – Painel – Meios de Comunicação Social: “Mediadores da alegria e do encontro”
– Parcerias europeias – Pe. Duarte da Cunha, Secretário da CCEE
– Parcerias empresariais – Cónego Fernando Monteiro, Admin. Diário do Minho
– Parcerias editoriais – Pe. António Leite, Presidente da Missão Press
– Debate
11h00 – Intervalo
11h15 – Conferência: – Pela cultura do encontro: papel dos media – Felisbela Lopes, Universidade do Minho
12h30 – Intervenção do Secretário de Estado Adjunto do Ministro Adjunto e do Desenv. Regional, Dr. Pedro Lomba
13h30 – Almoço
– Tarde Cultural e Jantar (patrocinados pela Câmara Municipal de Terras de Bouro)
Dia 25 de outubro (sábado):
09h00 – Painel: – Comunicar a alegria do Evangelho – experiências
– Cónego António Rêgo – Padre e jornalista há 50 anos
– Pe. Tony Neves – Padre e jornalista há 25 anos
– Pe. Jorge Guarda – Dos 100 anos do “Mensageiro” ao “Presente”
10h30 – Intervalo
11h00 – Conferência: – Comunicar a alegria do Evangelho – desafios aos meios de comunicação social de inspiração cristã – Cónego João Aguiar Campos, Presidente da Assembleia Geral da AIC.
11H45 – Leitura das conclusões
12h00 – Sessão de encerramento, com o Presidente da Direcção da AIC, Cón. António Salvador dos Santos, D. João Lavrador e outras Entidades presentes.
13h30 – Almoço
Conclusões do 9º Congresso:
MEDIAdores da Alegria e do encontro
CONCLUSÕES:
Sob o lema de mediadores da alegria e do encontro realizou – se no santuário de São Bento da Porta Aberta, Terras de Bouro, Arquidiocese de Braga, durante os dias 23, 24 25 de Outubro o IX congresso da Associação de Imprensa de Inspiração Cristã (AIC).
Coincidindo com os 50 anos da proclamação de S. Bento como padroeiro da Europa, os trabalhos desta reunião magna começaram por convocar todos os congressistas à esperança e à vontade de estabelecer pontes de alegria, cultura e de encontro neste tempo actual depressivo e de desalento.
Assim, aqui fica uma síntese daquilo que deveremos guardar como importante neste congresso.
- Há necessidade de reagir à secularização que se vive na Europa, sobretudo no que concerne aos meios de comunicação.
Numa Europa onde se vive como se Deus não existisse, em que o tema religião foi tabu durante muitos anos, importa manter vivas as raízes cultuais, criando espaços onde as “boas notícias” possam chegar a todos, e parcerias que permitam a circulação dessa informação.
Isto implica um olhar diferente no trabalho a desenvolver pelos meios de comunicação cristãos, um olhar empresarial, que permita a criação e partilha de conteúdos, em plataformas próprias para tal, como acontece, por exemplo, com a Missão Press.
Há que reagir, para dar a conhecer a Igreja, a sua realidade e promover uma verdadeira e real evangelização, trabalhando em rede e usando a Igreja – que é uma rede ela mesma – como veiculo transmissor de “boas mensagens”.
- É preciso dar destaque a temas importantes, ao invés de temas interessantes.
Os meios de comunicação cristãos têm um sentido de missão que não poderá ser esquecido e, nesse sentido, deverão ser espaços onde se encontra uma informação alternativa, alheia à lógica do consumismo e aos problemas gerados pela crise económica (dependência financeira, ausência de objetividade, etc.). Neles deveremos encontrar a informação que dá conta das necessidades dos mais pobres e desfavorecidos, daqueles que não têm voz.
Temos, pois, que diversificar os temas a tratar e contribuir para que se alterem as agendas, de modo a que possamos construir e espelhar um mundo que seja um lugar de encontro, onde as fontes são escolhidas por criarem valor, anunciarem inovação, serem rosto da esperança. Ou seja, há que «conseguir fazer dos Santos noticia e não dos malandros».
- Abertura para as empresas e órgãos de comunicação de inspiração cristã no novo regime de incentivos do Estado Português
O Dr. Pedro Lomba, secretário de Estado adjunto do ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional, garantiu abertura do governo à participação das empresas de comunicação de inspiração cristã no novo regime de incentivos em preparação para o sector. Especial destaque será dado aos que trabalharem no sentido de promoverem o surgimento de novos leitores. Igualmente o governante se comprometeu em financiar, directa ou indirectamente, a divulgação da imprensa regional junto das escolas e outras instituições locais.
- Há que promover uma cultura de encontro e de alegria
Vivemos um tempo de profundo pessimismo. Os órgãos de comunicação cristãos devem ser sinal de esperança e transmissores de alegria, pois dessa forma serão, também, promotores de uma cultura de encontro e de valorização do Homem. É tempo de deixar os discursos pouco credíveis onde os media não fazem uma verdadeira leitura dos acontecimentos e se comportam sobretudo como lugares de desencontro.
Cabe-nos cultivar um jornalismo de proximidade, criando empatia na relação com as pessoas. O que importa realmente são as pessoas e não as coisas. O seu testemunho é mais que a doutrina.
Santuário de São Bento da porta aberta, terras de Bouro, 25 de Outubro de 2014
X Congresso
Associação de Imprensa de Inspiração Cristã
Almada, 26, 27 e 28 de outubro de 2017
Pelos 25 anos da AIC
A meio da ponte rumo ao futuro
Modelos editoriais e empresariais para a imprensa de inspiração cristã
Programa:
Dia 26, quinta-feira
18h00 – Abertura do secretariado: receção e acomodação dos congressistas
21h00 – Sessão de abertura
21h30 – Conferência de abertura
Comunicação: uma marca do cristianismo – D. José Ornelas, bispo de Setúbal
Presidente da mesa: Padre Elísio Assunção
Dia 27, sexta-feira
9H00 – Painel 1
Do lado de cá… (memórias da Imprensa de Inspiração Cristã)
Moderadora: Anabela Sousa, diretora do Gabinete de Comunicação da Diocese de Setúbal
. O legado de jornais centenários – A. Jesus Ramos, diretor do Correio de Coimbra
. Uma voz sem fronteiras – Adelino Ascenso, presidente dos Institutos Missionários Ad Gentes (IMAG)
. Uma marca com diferentes perfis – Paulo Agostinho, editor da Agência Lusa
10h30 – Intervalo
11h00 – Painel 2
A meio da ponte… (análises sobre a Imprensa de Inspiração Cristã)
Moderador: António Marques, diretor do jornal Raio de Luz
. Compromisso entre o papel e o pixel – Damião G. Pereira, diretor do Diário do Minho
. Jornalistas somos todos – Rita Figueiras
. Comportamentos dos públicos – Carlos Liz, sócio gerente IPSOS APEME
13h00 – Almoço
14h30 – Tarde Cultural/Oferta da CMA: Passeio em autocarro p/visita de alguns centros históricos e culturais em Almada e arredores, seguido de jantar e espetáculo, no Teatro Azul: “História do Cerco de Lisboa”.
Dia 28, sábado
9h00 – Painel 3
Para o lado de lá… (perspetivas para a Imprensa de Inspiração Cristã)
Moderador: Luís Miguel Ferraz, diretor-adjunto do jornal Presente
. Identidade editorial – Graça Franco, diretora informação RR
. Produzir e distribuir em papel e no digital – Pedro Jerónimo, professor universitário
. O desafio da gestão empresarial – Jorge Saraiva, administrador do Notícias Covilhã
10h30 – Intervalo
10h45 – Conferência de encerramento – Modelos editoriais e empresariais para a Imprensa de Inspiração Cristã – Eduardo Cintra Torres, professor universitário
Presidente da mesa: Paulo Ribeiro, direção da AIC
12h00 – Sessão comemorativa dos 25 anos da AIC e de encerramento do X Congresso:
Cónego António Salvador Santos, primeiro presidente da direção da AIC
Padre Elísio Assunção, presidente da direção da AIC
Nuno Brás, Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais
13h00 – Almoço de encerramento
X CONGRESSO DA
ASSOCIAÇÃO DE IMPRENSA DE INSPIRAÇÃO CRISTÃ
25 ANOS
A meio da ponte rumo ao futuro
CONCLUSÕES
A meio da ponte rumo ao futuro é o lema o X Congresso da Associação de Imprensa de Inspiração Cristã (AIC) que decorreu no Convento dos Capuchos, em Almada, entre os dias 26 e 28 de outubro de 2017, que se enquadrou nas comemorações dos 25 anos da fundação da Associação.
O congresso colheu o imaginário da ponte o itinerário para os debates que propôs aos participantes. Primeiro, para identificar a relevância da imprensa regional, nomeadamente a de inspiração cristã, ao longo da História; depois para avaliar a tensão em curso em muitos títulos, nomeadamente entre o papel e o pixel, o impresso e o digital; indicando, num terceiro momento, que modelo empresarial e editorial deve ser assumido pelos títulos da AIC, no contexto atual.
Comunicação: uma marca do cristianismo
E o verbo fez-se digital” nestes novos tempos da comunicação. “A Igreja não deve ter medo de comunicar”, lembrou José Ornelas, bispo de Setúbal, na abertura do Congresso, acrescentando que comunicar “é pôr-se numa arena feroz, e tantas vezes selvagem. Daí o medo de muitos, na Igreja, de expor-se deste modo. Mas é determinante estar presente, com transparência e coerência”.
Do lado de cá…
“Se Jesus Cristo vivesse hoje teria Facebook” defendeu o jornalista da agência Lusa Paulo Agostinho, que referiu ainda que a imprensa de inspiração cristã “não é um modelo de negócio” e representa títulos que dão primazia à opinião, identificando-se dessa forma com tendências editoriais da atualidade. Um dos títulos centenários que perdura no tempo é o Amigo do Povo. Um bom sinal de longevidade e de presença do jornalismo de proximidade, exemplo apresentado pelo seu diretor, padre Jesus Ramos. Ainda durante o primeiro painel o padre Adelino Ascenso, presidente dos IMAG, diante do mandato bíblico “ide e anunciai”, sublinhou a necessidade de dizer também “ide e silenciai”, “ide e escutai”, “ide e aprendei”, “ide e acompanhai”, “ide e estai com”. Sugere, ainda, que é necessário “repensar o paradigma da missão”, a narrar nos media de “forma convincente”.
A meio da ponte…
“A imprensa de inspiração cristã tem como target o público mais ‘sexy’ que há na sociedade”, ou seja, os próximos anos vão ser das gerações com 60 e 70 anos, “o público alvo dos títulos da AIC” defendeu Carlos Liz, especialista em estudos de mercado. Ainda durante o segundo painel, foi apresentado o projeto de desenvolvimento tecnológico do Diário do Minho, que terá nos próximos dias um novo portal online com imagem renovada e linguagem atualizada. “Não se pode ficar parado”, disse o seu diretor, Damião Pereira, afirmando a necessidade de investimentos no setor por parte dos responsáveis da Igreja Católica.
Para o lado de lá…
“Juntos somos mais fortes, não apenas para reivindicar apoios”, mas para unir esforços defendeu Pedro Jerónimo, professor universitário, que quer ver jornalistas e meios de inspiração cristã “a partilhar conteúdos” e com uma presença mais forte nos meios digitais.
Graça Franco, diretora de informação da Rádio Renascença, gostava de “romper com a tradicional notícia” estereotipada da religião católica; “assumir a diferença, ter carinho pelo nosso público, que na febre de informar muitas vezes é esquecido. Alertou para o “New age”, para a descristianização e ignorância; defendeu “boas histórias com valores humanos” e citou o papa Francisco na necessidade de ter “os pés assentes na terra”.
“Globalização dos negócios leva a uma regeneração dos meios e dos títulos que se pretende simples e ágil”, defende Jorge Saraiva, administrador do Notícias da Covilhã, tendo em conta “Valor sem uso é desperdício”; “Acesso é mais importante do que a propriedade”; e “Modéstia em excesso é pecado”.
Modelos editoriais e empresariais para a Imprensa de inspiração cristã
“Conteúdos com vida própria e independentes entre si” são defendidos por Eduardo Cintra Torres, professor universitário, que indicou “táticas de captação de leitores, como por exemplo a construção de títulos motivadores”. O professor sugeriu um “agregador comum” e perguntou se “pode a associação ser um agregador, por exemplo, de publicidade e de conteúdos”. Terminou com a afirmação: “Se há ameaças na internet, também há oportunidades”.
Sessão comemorativa dos 25 anos da AIC e de encerramento do X Congresso,
Nuno Brás, bispo da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, defendeu a ideia que “é preciso tomar ações para nos levarem a sério”. Ainda segundo Nuno Brás temos de trazer a comunicação regional para a ribalta, assim como a mensagem da fé cristã. “Temos de aceitar que somos meios diferentes e assumir a comunicação como tarefa. Mais importante que a notícia é a comunicação em si. As pessoas comunicarem entre elas é a tarefa mais importante da nossa realidade e não só não devemos ter medo dessa realidade, como devemos exigir esta especificidade”.
O presidente da AIC, Elísio Assunção, exigiu que a ERC “tenha outro comportamento, que tenha um papel de aconselhamento e não de obstrução à vida dos meios de comunicação cristã”, nomeadamente em termos de classificação de meios. “É tempo para arregaçar as mangas”, desafiou Elísio Assunção.
—————————————————————
Outros Congressos:
Congressos da UCIP
A direcção da AIC participou nos congressos da UCIP de Graz na Áustria, Paris e Friburgo tendo sido os únicos representantes portugueses nestes congressos mundiais, onde fomos carinhosamente acolhidos por Mons. Joseph Foley, Presidente do Conselho Pontifício das Comunicações Sociais.
“POR UMA ÉTICA DE PAZ NUM MUNDO DE VIOLÊNCIA”
Realizou-se em Setembro na cidade de Graz, Áustria, o 17.º Congresso Mundial da UCIP — União Católica Internacional de Imprensa, sobre o tema “Por uma Ética de Paz num mundo de Violência”. Contou com a presença de 700 congressistas, mais os responsáveis da Organização, provenientes de todos os quadrantes do globo. Pelo Congresso passaram inúmeras personalidades, sobretudo na sessão de abertura que contou com as presenças do chefe de Estado Austríaco Thomas Klestil e o Cardeal Carlo Maria Martini, Arcebispo de Milão e Joseph Foley Presidente do Conselho Pontifício das Comunicações Sociais e muitas outras individualidades internacionais e locais. Depois da leitura da Mensagem do Papa aos congressistas, teve lugar os discursos oficiais e por fim a primeira grande intervenção de fundo do Cardeal Martini que começou por afirmar: “…os jornalistas têm de estar à altura da sua Fé e formação para, na descoberta da verdade, poderem enfrentar as realidades que se colocam no dia-a-dia”. O Congresso decorreu com diversos painéis por temas e salas paralelas conforme as opções dos participantes. Naquele areópago se fizeram sentir de “viva-voz” as preocupações, angústias e os sentimentos dos representantes de todos os continentes em torno do tema escolhido. No âmbito dos trabalhos, os Congressistas foram obsequiados com algumas recepções de Estado e a bom nível. De todas, a visita á cidade de Maribor, na Eslovénia, foi aquela que mais nos marcou o espírito. Como nota final, diremos que este Congresso se saldou pela positiva do conjunto de opiniões, reflexões e encontro de interculturas que desfazem fronteiras e aproximam os povos. O Congresso seguinte, realizou-se em Paris em 1997.