O que fazemos

Tal como consta dos Estatutos, os objectivos da Associação são:

– Garantir a representação dos seus associados, defender os seus direitos e zelar pela observância das obrigações;

– Promover entre os associados a cooperação, o diálogo e a crítica para a dignificação destes meios de Comunicação Social;

– Incentivar nos associados a atenção e a abertura aos sinais dos tempos que se manifestam nos contextos económico, social, cultural, político e religioso do mundo contemporâneo;

– Procurar que os associados, conscientes de que a Comunicação Social de Inspiração Cristã é uma realidade temporal com autonomia e regras próprias, comum a todo o Povo de Deus, mas particularmente, campo de actividade laical, sejam expressões válidas e correctas da opinião pública na Igreja e desta nas suas relações com o mundo actual;

– Valorizar profissional, técnica e culturalmente os agentes da Associação.

Como o fazemos:

Para alcançar os objectivos mencionados acima, a AIC deve:

– Proporcionar formação adequado aos utentes da Associação;

– Organizar encontros de reflexão e revisão sobre problemas económicos, jurídicos, sociais, religiosos e políticos que se levantem na actividade desta Associação;

– Promover debates de carácter cultural sobre os acontecimentos e correntes de opinião do momento histórico aos quais esta Associação não deverá ser indiferente;

– Promover encontros de estudo e actualização teológica, no sentido de uma educação permanente da fé confrontada com a vida dos homens de hoje;

– Constituir equipas que garantam um serviço permanente de apoio aos associados, através de notícias e comentários sobre a actualidade, que poderão livremente ser utilizados;

– Institucionalizar o diálogo entre os associados e encontrar linhas de acção conjunta.

O Plano de actividades da AIC, está implícito na entrevista que deu o Presidente da Direcção: Na primeira entrevista que o Presidente de Direcção, Pe. António Salvador dos Santos deu, implicitamente tocou nos pontos principais que haviam de ser a preocupação da Direcção no seu Plano de actividades. Vejamos:

Com que espírito assume a presidência?

A AIC é uma associação sem fins lucrativos. Qualquer cargo a desempenhar é feito por dedicação e espírito de serviço. É neste sentido que assumo a Presidência da Direcção. Dado que não apareceram outras listas, há que dar continuidade ao excelente trabalho realizado pela Comissão Instaladora que foi presidida pelo Pe. João Caniço. Porque reconhecemos que o Pe. João Caniço está super ocupado, por uma questão, até, de separar o Secretariado/Ecclesia da AIC, assumimos os destinos da Associação, conscientes das nossas limitações, das dificuldades que vamos encontrar… mas conscientes da ajuda que nos vem do Alto, da confiança que depositaram em nós, os nossos associados e na alegria de prestar um serviço à comunidade.

Actividades previstas?

Como deve entender, um Plano de actividades tem de ser ponderado e elaborado após auscultação aos associados, para conhecer as suas principais preocupações. Inicialmente a nossa atenção vai centralizar-se em criar um espaço que nos permita ter condições de trabalho. Depois organizaremos a casa, distribuiremos tarefas e pensaremos calmamente num Plano de actividades para o triénio 1994/97, que terá de compreender, necessariamente os seguintes vectores:

– Respostas imediatas ao momento actual;

– Formação quer a nível jornalístico quer técnico, que nos permita enfrentar os desafios da actual sociedade portuguesa;

– Preparar o 1.º Congresso da Associação;

– Consolidar uma ideia de uma confederação;

– Dialogarmos com todas as associações de imprensa.

Projectos futuros?

Num futuro imediato, representar a Associação e dar continuidade à tentativa de resolução dos principais problemas com que se depara a imprensa, e que tem a ver com as exigências que nos advêm de uma nova portaria que substitui a 411. Ainda não conhecemos o texto final mas o ante-projecto parece-nos preocupante. Em simultâneo com o diálogo com o governo, teremos de dar continuidade ao diálogo com os CTT para tentar baixar os custos de expedição dos jornais e eliminar as burocracias de expedição… Pensamos privilegiar o contacto com os nossos associados não só para conhecermos as suas preocupações mas também para que através de uma troca d experiências possamos valorizar os nossos jornais, quer a nível de conteúdos, quer de apresentação e organização administrativa.

Problemas maiores da Imprensa Regional?

De alguma maneira na pergunta anterior já apontei os principais problemas. Eles são a vários níveis, comuns a toda a Imprensa Regional. Seja a nível de custos da expedição e exigências burocráticas; seja a nível da definição tipológica de uma imprensa nacional, regional, sem sabermos onde enquadrar a imprensa de cariz formativo e de informação religiosa, seja ao nível de distribuição de subsídios, algo contestado pelos associados, em relação aos critérios de distribuição do subsídio tecnológico dos últimos anos… Outra questão preocupante e quiçá mais agudisante na Imprensa de Inspiração Cristã, tem a ver com a concepção de empresa jornalística. Muitos jornais e alguns com grande tiragem, funcionam centralizados na “carolice” de um indivíduo. Importa sensibilizar o seu director para a necessidade de criar uma empresa organizada e dimensionada para cada jornal, para que surjam respostas ao nível da formação jornalística, técnica e administrativa de forma a valorizar os jornais, tornando-os cada vez mais atraentes e formativos. (in Agência Noticiosa Ecclesia)

Actividades Realizadas pela AIC:

Uma Associação que nasce do nada dá muito trabalho. Desde logo, contactar com cerca de 600 títulos, Conhecer as suas preocupações e dar respostas. No início as reuniões eram mensais até ao nascimento da Associação. A partir daí, passaram a ser semanais. De então para cá o trabalho da Associação tem sido intenso, a saber:

– Organizámos os Congressos de Évora em 1994, Viseu em 1996, Coimbra em 1999, Guarda em 2001 e Braga no ano de 2003; … E nos anos seguintes (de 2 em 2 anos)…

– Trabalhámos em conjunto com o GAI, Secretário de Estado da Comunicação Social (SECS) e ultimamente com o Instituto da Comunicação Social (ICS), atual GMCS, entre Outras Entidades;

– Trabalhámos arduamente, como parceiros sociais, na elaboração do Projecto de Lei do Sistema de Incentivo do Estado; – Reunimos com a Alta Autoridade para a Comunicação Social (AACS), atual ERC,  para rever os critérios de Classificação dos títulos;

– Reunimos com os CTT para aumentar os intervalos dos pesos dos jornais, eliminar a cintagem e melhorar o serviço da expedição;

– Somos membros fundadores da NOVA

– Federação dos Meios de Comunicação Social de Inspiração Cristã, com quem estamos a trabalhar;

– Temos dado apoio logístico aos associados e servido de elo de ligação às autoridades e instituições ligadas à Comunicação Social;

– Participámos no Congresso da UCIP em Graz-Áustria e fomos convidados para representantes de Portugal junto daquele organismo internacional. Daí para cá participámos nos congressos de Paris e Friburgo, como únicos participantes portugueses;

– Inaugurámos a nova sede em 24 de Janeiro de 1996;

– Inventariámos a imprensa de Inspiração Cristã e publicámos 2 guias;

– Igualmente participámos nos Congressos organizados pela NOVA, em Lisboa nos dias 6 e 8 de Novembro de 1998 e Porto, nos dias 27 e 28 de Outubro de 2000;

– Juntamente com o Centro Prot. de Formação Prof. de Jornalistas (Cenjor), foram organizados cursos de Formação jornalística que decorreram em vários pontos do país;

– Publicámos uma revista especial no nosso 10º aniversário e também sempre que organizamos os congressos;

– Editamos mensalmente uma folha informativa “Mais Informação” prestando um serviço informativo e formativo aos sócios… Por todas estas razões, Sua Excelência o Senhor Secretário de Estado Dr. Arons de Carvalho afirmou em Viseu  “ser a AIC um parceiro social de pleno direito e interlocutor válido com quem estamos a trabalhar”;

A AIC foi Declarada Instituição de Utilidade Pública em reunião de Conselho de Ministros.

Como Nasceu a AIC

Vão longe os Encontros marcados pelo Secretariado Nacional das Comunicações Sociais, para ajudar os directores dos jornais de Inspiração Cristã a valorizar o seu aspecto gráfico e a melhorar os seus conteúdos.

Logo após à Revolução de Abril de 1974 começou a sentir-se a necessidade de uma instituição – Associação que representasse a classe… O aparecimento de uma Associação que parecia naquela altura responder aos nossos objectivos, fez arrefecer a ideia de uma Associação e fomos mesmo aconselhados a inscrever-nos naquela Associação que aparecera.

Embora houvesse logo quem reparasse que uma Associação que representava um leque de associados tão variado, dificilmente poderia responder pelos pequenos jornais como os nossos. Apesar de tudo, demos o benefício da dúvida e esperámos mais algum tempo para ver os resultados. O tempo se encarregou de dizer que tinham razão as vozes que se levantaram, afirmando a necessidade de uma Associação que respondesse pela nossa causa. Estava na mente de todos o nascimento da AIC, ainda que em embrião. Numa reunião que aconteceu na Buraca em 1985 deram-se os primeiros passos. Foi escolhida uma equipa, dirigida pelo Pe. Pinho, Salvador dos Santos e D. Idalina Alegria para elaborarem os Estatutos. Por morte do Pe. Pinho, a equipa nunca funcionou. Mais tarde, numa outra reunião, reforçou-se aquela equipa que ficou a ser presidida pelo Pe. João Caniço, Pe. Salvador dos Santos e D. Idalina Alegria. De imediato foi pedido apoio a um advogado eborense, Dr. Carvalho Moniz, que elaborou os estatutos que foram lidos e corrigidos em plenário do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais da Igreja com “placet” da Conferência Episcopal, e aprovados em Assembleia Geral de associados que aconteceu em Fátima no ano de 1992. Por o Presidente da Comissão Episcopal para as Comunicações Sociais da Igreja ser o Arcebispo de Évora, D. Maurílio de Gouveia, foi nesta cidade alentejana que se lavrou a escritura de constituição da mesma no dia 13/7/93, no 1.º Cartório Notarial de Évora, assinada por: D. Maurílio de Gouveia, Pe. António Salvador dos Santos, Pe. Eduardo Pereira da Silva e António Gil Antunes.

Em Resumo: A Associação de Imprensa de Inspiração Cristã corresponde a um desejo dos responsáveis diocesanos da Comunicação Social já manifestado em Fátima em plenário, no ano de 1975. Desde logo foi escolhida uma comissão que redigiu uns estatutos e os submeteu ao plenário em reunião posterior. Entretanto surgiram outras associações e pareceu aos responsáveis que se deveria dar o benefício da dúvida às associações criadas inscrevendo-se como associados. Os anos passaram e por volta do ano de 1985, reunidos os mesmos responsáveis da Comunicação Social diocesana, desta vez na Buraca, voltaram a falar na necessidade da criação de uma associação de inspiração cristã. Porque o contexto mudara, foi escolhido uma nova equipa para redigir novos estatutos, trabalho completado e entregue à Comissão Episcopal que sugeriu algumas alterações. Entretanto falecera um dos elementos desta equipa e a Associação foi caindo no esquecimento. Porém em 1992, o mesmo plenário mandatou nova equipa para dar cumprimento às decisões anteriores e reelaborar os estatutos, tendo em conta as sugestões da Conferência Episcopal Portuguesa. Assim surgiram os estatutos por que nos regemos, depois de terem sido lidos e aprovados em assembleia, entregues à Conferência Episcopal que nos mandou avançar. Em reunião posterior, depois de aprovados os estatutos, foi eleita uma equipa dinamizadora para proceder à criação jurídica e consultar os futuros sócios fundadores para uma reunião posterior, o que veio a acontecer, tendo a equipa sido reconduzida desta vez, para no prazo de um ano implementar as primeiras eleições de que saíram eleitos os corpos sociais em funções no triénio 1994-96 e cujo trabalho está registado no relatório anual e plano de actividades.

Primeira Assembleia Geral da AIC:

Servimo-nos do relato feito pelo Jornal da Beira em 3 de Março de 1994, sobre a primeira Assembleia Geral: “Na manhã de sábado último, dia 26, reuniu, no Centro Pastoral Paulo VI, em Fátima, a primeira Assembleia Geral da recém-constituída Associação de Imprensa de Inspiração Cristã – AIC.  A Ordem de Trabalhos incluía as seguintes rubricas: 1- Informações fornecidas pela Comissão Instaladora; 2- Relatório de Contas e Actividades da Comissão Instaladora; 3- Eleição dos Corpos Sociais; 4- Tomada de posse dos novos Corpos Sociais para o triénio 1994-1997. Conduziu os trabalhos o Pe. João Caniço, primeiro responsável da Comissão Instaladora que estava assessorado pelo Pe. A. Salvador dos Santos e D. Idalina Alegria. Todas as rubricas agendadas foram integralmente cumpridas, tendo a Assembleia aprovado um voto de louvor à actividade da Comissão Instaladora, que naquele momento cessava funções. Foi presente a sufrágio uma única lista, votada por unanimidade e da qual saíram eleitos, para presidir à Assembleia Geral, Direcção e Conselho Fiscal, respectivamente: Pe. João Caniço (Lisboa), Director da Agência noticiosa Ecclesia; Pe. António Salvador dos Santos, Chefe de Redacção de “Defesa” (Évora); Mons. José Maria dos Reis Ribeiro, Director de “Noticias de Viana” (do Castelo). O chefe de redacção de “Jornal da Beira” integra o Conselho Fiscal. A ideia da fundação de uma Associação deste género não é nova. Foi votada e aprovada em pleno período revolucionário (primeiros dias de Janeiro de 1975), em Mira, face as ameaças que então pairavam sobre a Imprensa afecta à Igreja. Foram elaborados, debatidos e aprovados uns estatutos. Mas a ideia foi esmorecendo, à medida que a situação político-social se estabilizava. Recentemente, a ideia foi retomada pelos Secretariados Diocesanos das Comunicações Sociais; os estatutos, revistos e aprovados pelo Episcopado; e formalizada a criação da Associação, que nesta data já regista a adesão de largas dezenas de órgãos de comunicação social escrita, ideologicamente ligados à Igreja Católica. Os Corpos Sociais agora eleitos vão continuar os esforços que vinham sendo desenvolvidos pela Comissão Instaladora, mormente no que se refere a Porte Pago, cintagem de jornais, apoios à Imprensa, formação de quadros das publicações, etc.” (in “Jornal da Beira” em 3/3/94)

Inauguração da Sede na Av. do Colégio Militar:

A direcção presidida pelo Pe. António Salvador dos Santos, Nuno Brás, Elísio Assunção e José Pedro Xavier, sempre teve consciência que a sua passagem pelo Secretariado Nacional das Comunicações Sociais, onde trabalhámos nos primeiros anos, era uma passagem efémera. Pouco a pouco fomos sentindo mais as limitações por falta de espaço, por serviços terem um horário de funcionamento fixo e por se entender que era preciso um espaço que ficasse para a posteridade. Inicialmente negociámos com a ARIC a compra de uma casa que servisse de sede às duas associações – de imprensa e de rádio. Quando se conseguiu o espaço na Av. do Colégio Militar, 28-9.º Dto., em Lisboa, na altura de marcar a escritura, a ARIC desistiu, ficando a AIC com o pesado encargo de suportar todas as despesas sozinha. Em boa hora partimos para esta aventura, cuja inauguração foi no dia 24 de Janeiro de 1996, dia de S. Francisco de Sales, como relata o “mais informação”:

A inauguração da sede constituiu ponto alto na vida da AIC.

“No passado dia 24 de Janeiro, dedicado a S. Francisco de Sales, padroeiro dos jornalistas, a AIC – Associação de Imprensa Cristã, inaugurou a sua sede na Av. do Colégio Militar, em Lisboa. Após a benção das instalações pelo Presidente da Comissão Episcopal, D. Maurílio de Gouveia, teve lugar uma pequena sessão solene cuja mesa foi presidida pelo Arcebispo de Évora, estando representado o Secretário de Estado da Comunicação Social, o Governador Civil de Lisboa e o Presidente da Assembleia Geral da AIC. A seu tempo, o Presidente da Direcção Pe. A. Salvador dos Santos usou da palavra para saudar e agradecer a presença de todos conforme se pode ler, mais à frente. O representante do Governo Civil de Lisboa referindo-se à AIC disse, poderem contar com uma ajuda monetária para minimizar as despesas e por parte do Secretário de Estado congratula-se com aquele espaço. O Pe. João Caniço salientou a dinâmica da Direcção que, em curto espaço de tempo, adquiriu com fundos próprios aquele espaço alegre e acolhedor, estando certo de quantos projectos se seguirão e realçou a homenagem que a AIC pretendeu fazer ao Padroeiro dos jornalistas, S. Francisco de Sales, que de futuro deve sempre ser evocado naquele dia. O Arcebispo de Évora, na qualidade de Presidente da Comissão Episcopal para os Meios de C. Social, fechou a sessão. Por ser um dia de festa, a direcção convidou todos os presentes a tomarem parte num beberete esmeradamente preparado, pretexto para um espaço de diálogo e confraternização entre os muitos participantes e a Comunicação Social ali presente”.

Adesão à NOVA:

A Rádio Renascença, TVI, ARIC – Associação de Rádios de Inspiração Cristã, a Associação de Imprensa de Inspiração Cristã, construíram a NOVA – Federação dos Meios de Comunicação Social de Inspiração Cristã a partir de Março de 1994, cuja finalidade é o auxílio mútuo a vários níveis e com peso de sugestão junto das entidades oficiais. Viriam a ter um papel de força, quando em 1995 a AIND e AID rejeitaram a entrada da AIC na CPMCS – Confederação Portuguesa dos Meios de Comunicação Social, motivando acesa polémica que viria a originar que o Presidente da CPMCS, Eng.º Magalhães Crespo pedisse a demissão. Na altura houve várias manifestações para com a AIC, nomeadamente da Rádio Renascença e TVI, motivando o seguinte comunicado: A recente decisão da AIND de inviabilizar a entrada da AIC na Confederação Portuguesa dos Meios de Comunicação Social (CPMCS) é a certeza de que aquela Associação de Imprensa não Diária, não viu com bons olhos o aparecimento da AIC – Associação de Imprensa de Inspiração Cristã. Efectivamente durante alguns anos a Imprensa de Inspiração Cristã fez-se representar pela AIND, aguardando uma decisão desta, face à pequena imprensa. A pouco e pouco, sentimos que a criação da Associação de Imprensa de Inspiração Cristã, cujos primeiros estatutos foram elaborados em 1975, era uma necessidade premente para bem do associativismo, em geral, e da imprensa de inspiração cristã em particular. Se dúvidas existissem, a atitude última da AIND e AID de impedir que a AIC faça parte da CPMCS, é a certeza de que a AIND não está vocacionada para defender a Imprensa Regional. Não obstante o espírito de abertura da Confederação, a AIND e AID têm medo da imprensa Cristã, que já representa cerca de 600 títulos com uma tiragem mensal acima de um milhão e meio de exemplares. Porque a AIC reúne as condições estatutárias para ser admitida na Confederação, o Eng.º Magalhães Crespo demitiu-se da Direcção da Confederação, gesto que mereceu já a solidariedade do Conselho de Gerência da Rádio Renascença, que repudia igualmente a decisão da AIND e da AID. A direcção da AIC registou a decisão quer da Rádio Renascença quer do Eng.º Magalhães Crespo e repudia a atitude monopolista da AIND e AID e pede aos associados da AIC que ponderem acerca das garantias duma associação que se auto proclama a única representante da imprensa regional, mesmo a de inspiração cristã.

No 10.º aniversário da AIC:

A AIC – Associação de Imprensa de Inspiração Cristã, celebrou o seu 10.º aniversário, em 13 de Julho de 2003, e mantém os objectivos iniciais, a saber: • Garantir a representação dos seus associados, defender os seus direitos e zelar pela observância das obrigações. • Promover entre os associados a cooperação, o diálogo e a crítica para a dignificação destes meios de Comunicação Social. • Incentivar nos associados a atenção e a abertura aos sinais dos tempos que se manifestam nos contextos económico, social, cultural, político e religioso do mundo contemporâneo. • Procurar que os associados, conscientes de que a Comunicação Social de Inspiração Cristã é uma realidade temporal com autonomia e regras próprias, comum a todo o Povo de Deus, mas particularmente, campo de actividade laical, sejam expressões válidas e correctas da opinião pública na Igreja e desta nas suas relações com o mundo actual. .Valorizar profissional, técnica e culturalmente os agentes da Associação.

Estatutos da AIC

Logo AIC

CAPITULO I

 NATUREZA, OBJECTIVOS E MEIOS

 Artigo Primeiro:

A Associação de Imprensa de Inspiração Cristã (AIC) é uma pessoa colectiva que, ao abrigo e em conformidade com o disposto no Código Civil, congrega os órgãos de Comunicação Social – imprensa escrita, com periodicidade regular, que, dependentes ou não da hierarquia, se apresentam ao público como promotores dos valores humanos e cristãos à luz do Evangelho.

Artigo Segundo:

A Associação, sem fins lucrativos, e de duração ilimitada, tem sede em Lisboa, podendo ter delegações.

Artigo Terceiro:

 A Associação tem como objectivos:

 a) Garantir a representação dos seus associados, defender os seus direitos e zelar pela observância das obrigações;

 b) Promover entre os associados a cooperação, o diálogo e a crítica para a dignificação destes meios de Comunicação Social;

c) Incentivar nos associados a atenção e a abertura aos sinais dos tempos que se manifestam nos contextos económico, social, cultural, político e religioso do mundo contemporâneo;

 d) Procurar que os associados, conscientes de que a Comunicação Social de Inspiração Cristã é uma realidade temporal com autonomia e regras próprias, comum a todo o Povo de Deus, mas particularmente, campo de actividade laical, sejam expressões válidas e correcta da opinião pública na Igreja e desta nas suas relações como mundo actual;

 e) Valorizar profissional, técnica e culturalmente os agentes da Associação

 f) Representar os seus associados junto de quaisquer entidades a constituir ou constituídas, e nelas participar como associada e ou cooperadora, para defesa, licenciamento, cedência, gestão e cobrança dos direitos de autor decorrentes dos respectivos conteúdos editoriais, nomeadamente jornalísticos, podendo ainda delegar, sem carácter definitivo, os seus poderes ou representação;

 g) Representar os seus associados, junto de quaisquer entidades a constituir ou constituídas que tenham por objecto, directo ou delegado, entre outros relevantes para a actividade, a garantia do exercício do direito de resposta e de rectificação, num quadro de auto-regulação ou de co-regulação;

 h) Prosseguir quaisquer outros fins que, não sendo proibidos por lei, a Associação venha a considerar de interesse assegurar em benefício dos seus associados e da actividade editorial.

 

Artigo Quarto:

 Para obtenção destes objectivos a Associação propõe-se utilizar, entre outros, os meios seguintes:

 a) Proporcionar formação adequada aos utentes desta Associação;

 b) Organizar encontros de reflexão e revisão sobre problemas económicos, jurídicos, sociais, religiosos e políticos que se levantem na actividade desta Associação;

 c) Promover debates de carácter cultural sobre os acontecimentos e correntes de opinião do momento histórico aos quais esta associação não deverá ser indiferente;

 d) Promover encontros de estudo e actualização teológica, no sentido de uma educação permanente da fé confrontada com a vida dos homens de hoje;

 e) Constituir equipas que garantam um serviço permanente de apoio aos associados, através de noticias e comentários sobre a actualidade, que poderão livremente ser utilizados;

 f) Institucionalizar o diálogo entre os associados e encontrar linhas de acção conjunta.

 

CAPITULO II

 DOS ASSOCIADOS

 Artigo Quinto:

 Podem ser sócios desta associação:

 a) Todos os órgãos de Comunicação Social de Inspiração Cristã e, assim autodenominados ou tidos como tais, quer pelos seus ideários, quer por serem propriedade oficial ou oficiosa da hierarquia, das comunidades paroquiais religiosas e de grupos ou movimentos cristãos, salvaguardada a comunhão eclesial.

 § Único: A Associação não é extensiva: Aos órgãos de imprensa em ruptura de comunhão eclesial, julgados pelas competentes instâncias eclesiásticas ou a critério da Associação, salvaguardada a contestação dos sócios ou candidatos a tais;

 b) Os jornalistas profissionais ou não, propostos pela direcção da Associação.

 

Artigo Sexto:

A admissão dos sócios é da competência da Direcção.

Artigo Sétimo:

Os sócios serão representados perante a Associação pela pessoa que os associados indicarem, habilitada de poderes deliberativos junto da Direcção.

DIREITOS DOS ASSOCIADOS

 Artigo Oitavo:

 São direitos dos sócios:

 a) Participar nas assembleias gerais;

 b) Eleger e ser eleitos para o exercício de cargos na vida da Associação;

 c) Requerer a convocação da Assembleia Geral, conforme o estabelecido nestes estatutos;

 d) Apresentar propostas em ordem a uma melhor concretização dos objectivos da Associação;

 e) Ter livre acesso à sede da Associação e poder utilizar os seus serviços, conforme o estabelecido;

 f) Promover um são pluralismo de opinião dentro de uma perspectiva cristã.

 

DEVERES DOS ASSOCIADOS

 Artigo Nono:

São deveres dos sócios:

 a) Respeitar os estatutos e as determinações da Assembleia Geral;

 b) Participar nas Assembleias Gerais e em outras reuniões legitimamente convocadas;

 c) Colaborar na promoção e realização de actividades que tenham em vista a valorização da Associação e dos seus associados;

 d) Pagar a quotização a estabelecer pela Assembleia Geral.

 

Artigo Décimo:

 A qualidade de sócios pode ser perdida:

 a) Por atitudes contrárias aos objectivos ou que desprestigiem gravemente a Associação;

 b) Pela falta de cumprimento da quotização por espaço de tempo que revele desinteresse ou falta de compromisso para com a Associação;

 § Único: Num e noutro caso, a decisão a tomar só o será após a notificação e possibilidade de defesa do interessado.

 

Artigo Décimo Primeiro:

Competirá à Direcção, ouvida a Assembleia Geral, tomar a decisão de excluir algum dos sócios. A exclusão poderá processar-se por proposta da Direcção ou de um grupo de sócios.

Artigo Décimo Segundo:

Nenhum associado poderá exercer simultaneamente os cargos de membro da Direcção, do Conselho Fiscal ou da Mesa da Assembleia Geral.

CAPITULO III

 OS ORGÃOS SOCIAIS

 Artigo Décimo Terceiro:

A Associação é regida pelos seguintes órgãos: Assembleia Geral, Direcção e Conselho Fiscal.

Artigo Décimo Quarto:

 Os membros para estes três órgãos serão eleitos por três anos e exercerão os seus cargos gratuitamente.

 a) As eleições far-se-ão por escrutínio secreto e em lista separadas, pelos sócios reunidos em Assembleia Geral;

b) A recondução para cada cargo só será possível uma vez, salvo se em Assembleia Geral para o efeito convocada, for aprovada a possibilidade de reeleição.

 

DA ASSEMBLEIA GERAL

 Artigo Décimo Quinto:

 Um: A Assembleia Geral é constituída pela totalidade dos sócios no pleno uso dos seus direitos, tendo à sua frente uma mesa composta por um presidente, um vice-presidente e um secretário.

 Dois: Compete ao presidente convocar a Assembleia Geral e dirigir os trabalhos, que na sua impossibilidade serão presididos pelo vice-presidente.

 Três: Cabe ao secretário procurar que as actas estejam o mais rapidamente possível elaboradas e distribuídas.

 Artigo Décimo Sexto:

Cada associado tem direito a um voto, podendo fazer-se representar por outro sócio a quem confie tal missão através de credencial enviada ao presidente da mesa.

Artigo Décimo Sétimo:

Na eleição para cargos directivos, não é admitida a representação, podendo os associados, residindo fora do lugar, onde se reuna a Assembleia Geral, cumprir o seu dever de votar, fazendo-o por correspondência.

 § Único: Neste caso o voto será enviado em sobrescrito fechado e registado, indicando este o nome e o número de sócio, acompanhado da carta dirigida ao Presidente.

 

Artigo Décimo Oitavo:

 É da competência da Assembleia Geral:

a) Eleger a respectiva mesa, a Direcção e o Conselho Fiscal;

b) Apreciar os relatórios, contas e projectos da Direcção, bem como outros actos, ou propostas apresentadas;

c) Analisar e emitir parecer nos casos de admissão e exclusão de sócios;

d) Deliberar sobre a modificação dos Estatutos;

e) Decidir sobre casos omissos nos Estatutos.

 

Artigo Décimo Nono:

A Assembleia Geral terá a sua reunião ordinária nos três primeiros meses de cada ano civil, na qual além dos trabalhos normais, procederá de três em três anos, à eleição dos corpos directivos.

Artigo Vigésimo:

As reuniões extraordinárias convocar-se-ão a pedido da Direcção, do Conselho Fiscal ou de um grupo de sócios nunca inferiores a um décimo do total. Neste último caso exige-se que, para funcionar, esteja presente ou representada a maioria dos proponentes.

Artigo Vigésimo Primeiro:

 A convocatória para a Assembleia Geral será por via postal, com a antecedência mínima de 15 dias, e indicando a ordem dos trabalhos e local, o dia e a hora.

 § Único: Quaisquer decisões não incluídas na ordem do dia só poderão ser tomadas se a totalidade dos associados estiverem de acordo.

Artigo Vigésimo Segundo:

 Um: Em primeira convocatória, a Assembleia Geral só terá direito a funcionar se estiver representada a maioria dos sócios.

Dois: Não se verificando esta maioria, a Assembleia Geral funcionará, em segunda convocatória, e com qualquer número de sócios, uma hora mais tarde, no mesmo local e com a mesma ordem de trabalhos.

Artigo Vigésimo Terceiro:

As decisões da Assembleia Geral são tomadas por maioria absoluta de votos dos associados presentes ou representados.

Artigo Vigésimo Quarto:

A votação poderá ser nominal ou por escrutínio secreto. Neste último caso, antes do acto de votar, a Assembleia Geral escolherá dois sócios para a comissão escrutinadora.

DA DIRECÇÃO

 Artigo Vigésimo Quinto:

A Direcção é constituída por um presidente, um vice-presidente, um secretário, um tesoureiro e um vogal.

Artigo Vigésimo Sexto:

 À Direcção pertence:

 a) Promover e dirigir os serviços da Associação;

 b) Dar cumprimento às disposições legais e estatutárias e às deliberações da Assembleia Geral;

 c) Submeter à apreciação da Assembleia Geral as propostas julgadas convenientes;

 d) Orientar a gestão administrativa de forma a garantir o cumprimento dos objectivos estatutários;

 e) Apresentar, na Assembleia Geral anual, o relatório e contas da gerência já com o parecer do Conselho Fiscal;

 f) Representar a Associação nas diferentes actividades e serviços a que seja chamada.

Artigo Vigésimo Sétimo:

As reuniões de Direcção serão convocadas pelo Presidente, sendo as decisões tomadas por maioria.

Artigo Vigésimo Oitavo:

Os documentos, que obriguem a Associação, deverão ser assinados por dois membros da Direcção, sendo uma assinatura obrigatoriamente do presidente ou do tesoureiro.

DO CONSELHO FISCAL

 Artigo Vigésimo Nono:

O Conselho Fiscal é constituído por três membros.

Artigo Trigésimo:

 Cabe ao Conselho Fiscal:

 a) Velar pelo respeito e cumprimento dos estatutos e deliberações da Assembleia Geral;

 b) Analisar, sempre que o julgue oportuno, os serviços de escrituração e tesouraria;

 c) Emitir parecer sobre o relatório e contas anuais da Direcção e sobre os outros assuntos que lhe forem submetidos pela Assembleia Geral ou pela Direcção.

 

Artigo Trigésimo Primeiro:

As reuniões do Conselho Fiscal verificar-se-ão sempre que os seus membros o julgarem conveniente, no mínimo trimestralmente.

DISPOSIÇÕES GERAIS

 Artigo Trigésimo Segundo:

O ano social coincide com o ano civil.

Artigo Trigésimo Terceiro:

 As receitas da Associação serão constituídas pelas jóias da inscrição, quotas dos associados e quaisquer donativos, subsídios ou títulos, incluindo heranças ou legados, que lhe venham a ser concedidos ou que advenham de qualquer actividade que exerça no âmbito da realização dos seus objectivos.

Artigo Trigésimo Quarto:

 A Associação só poderá ser dissolvida em Assembleia Geral, desde que tal decisão seja tomada por três quartos do total dos associados.

 § Único: Em caso de dissolução, os bens da Associação serão atribuídos de acordo com a deliberação da mesma Assembleia Geral.

 Artigo Trigésimo Quinto:

 A Associação respeitará as determinações legais que o Governo venha a publicar na concretização e respeito pelo direito da liberdade de Associação.

 Lavrada escritura no Cartório Notarial de Cristina Reguino, em Évora a 28 de Abril de 2011, (Folhas 15 a 17 do livro 38).

Links – Contatos úteis

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Telef. e Fax : 217 165 392 //
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Facebook: https://www.facebook.com/AICrista/

Agência Ecclesia e Secretariado Nacional das Com. Sociais da Igreja:
Quinta do Bom Pastor, Estrada da Buraca, 8-12  – 1549-025 LISBOA
Telef. 218 855 472 Fax: 218 855 473 //
www.agencia.ecclesia.pt  // agencia@ecclesia.pt

API – Associação Portuguesa de Imprensa:
Rua Joaquim António de Aguiar, 43 – 2º Esq. 1070-150 LISBOA
Telef. 213 555 092 Fax: 213 142 191
//geral@apimprensa.pt // www.apimprensa.pt

APR – Associação Portuguesa de Radiodifusão:
Av. Defensores de Chaves, nº 65 – 3º    1000-113 LISBOA
Telef. 213 016 999 Fax: 213 016 536 //
www.apradiodifusao.pt

ARIC – Associação de Rádios de Inspiração Cristã:
Rua Prof. Henrique de Barros, nº 4 – 1º letra B – Edifício Sagres – 2685-339 PRIOR VELHO
Telef. 218 873 723 //
www.aric.pt // aric@aric.pt

CCDR – Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional

(Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo, Algarve e Ilhas), ver contatos nas páginas mencionadas:

CCDR N (Norte): www.ccdr-n.pt

CCDR C (Centro): www.ccdrc.pt

CCDR Lvt (Lisboa e Vale do Tejo): www.ccdr-lvt.pt

CCDR A (Alentejo): www.ccdr-a.gov.pt

CCDR F (Algarve): www.ccdr-alg.pt

Nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira, não existem CCDR, as funções desempenhadas por estas Comissões são tratadas nos organismos regionais com competências em matéria de comunicação social:

– Madeira (M – Funchal) – Secretaria Regional de Assuntos Parlamentares Europeus;

– Açores (P – Ponta Delgada) – Secretaria Regional Adjunta da Presidência para os Assuntos Parlamentares.

CCPJ – Comissão da Carteira Profissional de Jornalista:
Palácio Foz – Praça dos Restauradores 1250-187 LISBOA
Telef. 213 221 230 / 213 424 303 Fax: 213 221 229
// www.ccpj.pt  // carteira.press@ccpj.pt

CENJOR – Centro Protocolar de Formação Profissional para Jornalistas:
Rua Alexandre de Sá Pinto, 1349-064 LISBOA
Telef. 218 855 000 Fax: 218 853 355 //
Email: cenjor@cenjor.pt  // www.cenjor.pt

CEP – Conferência Episcopal Portuguesa:
Quinta do Bom Pastor, Estrada da Buraca, 8-12 – 1549-025 LISBOA
Telef. 218 855 460 Fax: 218 855 461
www.conferenciaepiscopal.pt

ERC (ex-AACS) – Entidade Reguladora para a Comunicação Social:
Av. 24 de Julho, 58 1200-869 LISBOA
Telef. 210 107 000 Fax: 210 107 019 //
Email: info@erc.pt // www.erc.PT

Presidência do Conselho de Ministros (PCM):

Rua Prof. Gomes Teixeira, 1399-022 Lisboa

Telef: 213 927 600 // Fax: 213 927 743 (Sec. Geral)

www.sg.pcm.gov.pt // Email: sec-geral@sg.pcm.gov.pt

Rádio Renascença – Direcção de Marketing e Comunicação:
Telef. 213 239 461 // Relações Públicas

www.rr.sapo.pt // rp@rr.pt

SINJOR – Sindicato dos Jornalistas:
Rua Duque de Bragança, 7 – 2º 1249-059 LISBOA
Telef. 213 464 354 / 213 467 175 Fax: 213 422 583
sj@sinjor.pt // www.jornalistas.eu

Congressos da AIC

De 1994 a 2008,  a AIC organizou o seu Congresso de 2 em 2 anos.  Desde 2008,  por deliberação da Assembleia Geral,  os congressos passaram a realizar-se de 3 em 3 anos. A temática está espelhada nos seus programas abaixo:

Logo AIC

Temas e datas dos Congressos da AIC realizados:

 1º – “A Imprensa no Virar do Século” (Évora – 18 a 20Nov1994);

2º – “As Novas Tecnologias e o seu Impacto na Comunicação Social” (Viseu – 8 a 10Nov1996);

3º – “Uma Imprensa para o Novo Milénio”  (Coimbra – 3 a 5Dez1999);

4º – “A Imprensa Cristã – Face à Mundialização” (Guarda – 25 a 27Out2001);

5º – “Imprensa de Inspiração Cristã – Realidade ou Utopia” (Braga – 13 a 15Nov2003);

6º – “Novos Caminhos” (Turcifal – 23 a 25Mar2006, incluiu a Assembleia Geral da AIC);

7º – “Vencer Impactos” (Bragança – 27 a 29Nov2008);

8º – ”Reinventar/Fechar Jornais” (Leiria – 11 e 12nov2011);

9º – ”Mediadores da Alegria e do Encontro” (Gerês, S. Bento da Porta Aberta – 23 a 25out2014);

10º –  “A meio da ponte rumo ao futuro” – Modelos editoriais e empresariais para a imprensa de inspiração cristã” (Almada, no Convento dos Capuchos de 26 a 28out2017).

Programas e conclusões dos Congressos:

1º Congresso da AIC – Évora 1994

“A Imprensa no Virar do Século”

(realizado em Évora nos dias 18, 19 e 20 de Novembro de 1994)

Programa do 1º Congresso:

Dia 18 Novembro – Sexta-Feira: 21.00h – Acolhimento /Recepção 22.00h – “O Estado da Imprensa”. Mesa Redonda com a presença dos jornalistas Graça Franco e Alexandre Manuel. Moderador: Dr. José Manuel Vicente Ferreira.

Dia 19 Novembro – Sábado: 10.00h – Abertura Solene do Congresso por D. Maurílio de Gouveia, Presidente da Comissão Episcopal para os Meios de Comunicação Social. 11.00h – “A Imprensa no virar do século” pelo Prof. Doutor Manuel Braga da Cruz. 12.15h. – Intervenções dos participantes por inscrição. 13.00h. – Almoço. 14.30h. – Espaço Cultural. Visita guiada à cidade ou Percurso Megalítico. 16.30h. – Visita à Adega da Cartuxa. Prova de Vinhos. 18.00h. – Painel – moderado pelo Pe. Arlindo Ferreira Pinto e com presença de Pacheco de Andrade. – “A imprensa e os média” – CENJOR – A formação jornalística. – GAI – Legislação e apoios. – Intervenção dos participantes. 20.00h. – Jantar de Confraternização acompanhado de Música Regional.

Dia 20 Novembro – Domingo: 10.00h. – A informação religiosa – Pe. António Rego 11.00h. – Leitura das conclusões e Sessão de Encerramento. 12.15h. – Eucaristia, presidida por D. Maurílio de Gouveia, Arcebispo de Évora. 13.30h. – Almoço de despedida.

Encerramento do 1º Congresso – Palavras do Presidente: Estamos a chegar ao fim do nosso 1.º Congresso, cujos objectivos foram alcançados, graças à vossa adesão, à colaboração do Governo Civil de Évora, C.M.E., Gabinete Nacional das C. Sociais, B.T.A., Cafés Delta, Região de Turismo, a que não faltou o estimulo, desde a primeira hora, quer do Senhor Subsecretário de Estado, quer do G.A. Imprensa na pessoa da sua directora. A todos muito obrigado. Viemos até Évora, por razões de âmbito sentimental. Aqui nasceu juridicamente, no Verão de 1993, a AIC por razões de ordem logística: Tivemos promessas de apoio, alguns dos quais vieram a falhar; mas também por razões de ordem cultural — Évora, não é só a capital do Alentejo, chamada cidade museu e proclamada cidade património da humanidade. Évora é hoje uma cidade aberta à modernidade que está criando as suas infraestruturas, com capacidade para acolher milhares de forasteiros, graças às unidades hoteleiras que têm nascido. Mas Évora é também um símbolo onde se cruzam culturas diversas e civilizações antiquíssimas que se habituaram a conviver em paz, no respeito de sensibilidades diferentes, berço de poetas, artistas e cantores… Évora é a cidade da planície, outrora de searas de trigo e de joio, rodeada de montados horizontes a perder de vista, lança-nos fortes desafios e convida-nos a um novo olhar… e foi isto que fizemos. O tema do Congresso, “A Imprensa no Virar do Século” foi um novo olhar que lançámos para este meio de comunicação de massas que é a imprensa. Centro de atenção de todos os intervenientes, foram lançadas sementes à terra que a seu tempo hão-de dar frutos. Ante os desafios da tecnologia os sinais de mudança deste final do século e a inter-acção dos outros massmedia, os cerca de 600 títulos de inspiração cristã deste pais, vão certamente olhar o futuro com um novo olhar…Não obstante as dificuldades que se avizinham, nomeadamente relacionadas com a nova política para o porte pago, os altos custos do papel e na mão de obra… queremos encarar o futuro com uma nova esperança, reflexo da esperança cristã informada nos conteúdos dos nossos jornais e revistas e que dentre os 144 sócios, chegam a um milhão e duzentos mil assinantes. A imprensa tem desempenhado um papel pedagógico junto das populações e na defesa das regiões; é o elo de ligação dos emigrantes à sua terra; é um veículo que leva a língua materna aos pontos mais longínquos do globo… e que grava a história do pais e do povo dando-lhe uma durabilidade atemporal.

Conclusões do 1º Congresso:

1. A Associação de Imprensa de Inspiração Cristã (AIC) realizou em Évora, de 18 a 20 de Novembro o seu 1.º Congresso, subordinado ao tema: “A imprensa no virar do século” com a presença de 193 delegados de publicações de Inspiração Cristã.

2. Nós, os participantes no Congresso, temos a firme certeza de que, apesar dos tempos difíceis, a imprensa continua a desempenhar um papel fundamental em todos os sectores da vida humana, em interacção com a rádio e a televisão. Assim, a imprensa pode olhar o futuro com optimismo consciente da credibilidade que Ihe é garantida pelo público face à informação audiovisual.

3. Queremos assumir cada vez mais as exigências e necessidades dos leitores, fornecendo-lhes uma informação mais aprofundada, variada e em maior quantidade. Temos consciência da nossa responsabilidade na defesa dos valores humanos e cristãos particularmente da verdade, da justiça, da liberdade e dá concorrência leal. Afirmemos o direito e dever de, numa sociedade pluralista e livre, não poder estar ausente a Comunicação Social de inspiração Cristã.

4. Para tal achamos importante:

a) promover a leitura dos jornais;

b) caminhar no sentido de uma maior profissionalização e modernização dos nossos jornais no campo humano e tecnológico;

c) criar uma publicação de âmbito nacional que reflicta uma leitura cristã da sociedade portuguesa.

5. Queremos ainda afirmar que não podemos ser menosprezados ou esquecidos em decisões que nos digam respeito.

6. Os sócios presentes decidiram por esmagadora maioria que a Direcção inicie as diligências necessárias para a filiação da AIC na Confederação Portuguesa dos Meios de Comunicação Social.

Évora, 20 de Novembro de 1994

 

2º Congresso da AIC – Viseu 1996

“As Novas Tecnologias e o seu Impacto na Comunicação Social”

(realizado em Viseu nos dias 8, 9 e 10 de Novembro de 1996)

 Programa do 2º Congresso:

Sexta-Feira, 8 Novembro: 17.00h – Acolhimento 21.00h – Boas Vindas. Apresentação do progama. 21.15h – “As novas tecnologias e o seu impacto na Comunicação Social” (Prof. Doutor Carlos Correia Universidade Nova de Lisboa). 22.00h – Internet: demonstração prática (pela PortugalNet).

Sábado, 9 Novembro: 09.30h – Abertura oficial, com a presença do senhor Secretário Estado da Comunicação Social, e apresentação do Guia de Imprensa de Inspiração Cristã. 10.00h. – “As novas tecnologias na produção da Imprensa escrita” (Dr. Pedro Magalhães do CENJOR). 10.45h. – Intervalo. 11.15h. – “A publicidade e o marketing na imprensa escrita” (Dr. João Palmeiro – Universidade Católica Portuguesa). 12.00h. – Diálogo com os conferencistas.  13.00h. – Almoço. 14.30h. – Painel: “A imprensa de inspiração cristã: problemas e possibilidades” (Voz Portucalense, Almonda, Diário do Minho, a Reconquista e Badaladas) Moderador: Prof. Doutor Braga da Cruz. 16.00h. – Actividade cultural. 22.00h. – Reunião com os associados da AIC.

Domingo, 10 Novembro: 09.00h. – Eucaristia 10.15h. – “A agência de notícias: “uso e possibilidade na imprensa regional” (Dr. Rui Avelar – Director de Informação da LUSA) 11.15h. – Intervalo.  11.45h. – Leitura das Conclusões e Sessão de Encerramento com a presença de D. Maurílio de Gouveia, Presidente da Comissão Episcopal para os M. C. S. 13.00h. – Almoço.

Encerramento do 2º Congresso – Palavras do Presidente: Viseu está de parabéns pela forma como acolheu os congressistas, e a AIC, pela organização exemplar bem coadjuvado pelo Secretariado local da Comunicação Social, moderado pelo cónego José Vieira. Na sessão solene da abertura oficial do II Congresso da AIC com a presença de sua Excelência Senhor Secretário de Estado da Comunicação Social; Excelência Reverendíssima Senhor Bispo de Viseu; Ex.mo Senhor Governador Civil de Viseu; Ex.mo Senhor Vice-Presidente da Câmara Municipal de Viseu; demais entidades civis, militares e religiosas; Senhoras e senhores congressistas; Ex.mos profissionais da comunicação social; O presidente da AIC acrescentou: Bem vindos ao II Congresso da AIC – Associação de Imprensa de Inspiração Cristã, a acontecer nesta cidade de Viriato que tem uma particular “graça” de bem receber a todos os que vêm por bem. Repito: sede bem vindos! A AIC ao longo dos seus curtos anos de vida, tem procurado responder, dentro do âmbito dos seus estatutos, às preocupações que afligem a imprensa regional, em geral, e a inspiração cristã, em particular. Nas peugadas do 1.º Congresso, que se realizou em Évora, há precisamente dois anos, os participantes em Assembleia Geral entenderam que este “forum” dever-se-ia realizar de dois em dois anos. Então debruçámo-nos sobre “As novas tecnologias e o seu impacto na comunicação social” com um grupo de oradores que são garantia, à partida, dum trabalho profícuo e sensibilizador para quem está ligado á comunicação social neste final de século e de milénio. A imprensa de inspiração cristã ocupa um espaço considerável num tempo em que a galáxia de Gutemberg parece estar ultrapassada. Entendemos que ao chegarmos mensalmente a cerca de um milhão e duzentos mil assinantes é uma prova das virtualidades da imprensa regional. Apesar de todos os problemas e dificuldades que enfrentamos: — altos custos da matéria prima; – a velocidade com que “passa” a tecnologia; – os custos exagerados das comunicações e dos CTT (dos mais caros da Europa); – a ausência de publicidade institucional do Estado; – o fraco poder de compra dos portugueses agravado com o IVA da imprensa, (levando-os a cortar antes com a leitura [jornais/revistas] do que com a farmácia ou a mercearia; – a falta de uma rede de distribuição que seja alternativa aos CTT; – a falta de hábitos da leitura do povo português e o grau elevado de analfabetismo… no caso da imprensa de inspiração cristã debatemo-nos ainda com os critérios da Alta Autoridade para a Comunicação Social, que, esquecendo o papel que desempenhamos nas regiões, só porque noticiámos a vida da Igreja, nos classifica como “publicação especializada” o que nos afasta, logo à partida, de algumas “benesses” concedidas à imprensa regional. Apesar de todas estas preocupações a imprensa regional tem muitas virtualidades que temos de realçar: – Há quem só leia o jornal da sua terra, que faz a ligação entre todos os portugueses no êxodo. – A imprensa regional leva a língua de Camões a todos os cantos da comunidade de países de língua portuguesa e mesmo a Timor onde o português já foi proibido; – A imprensa regional fornece um “serviço público” pela informação que presta; – A imprensa regional tem desempenhado um papel pedagógico junto das populações e na defesa das regiões; – A imprensa regional grava a história do país e do povo, dando-lhe uma durabilidade atemporal. – A Imprensa Regional é uma referência que temos de preservar, porque apesar dos sacrifícios com que é produzida, ela dá em síntese, as notícias nacionais e fala, quase em exclusividade, dos anseios locais e regionais. Conscientes de que a Imprensa Regional é um património cultural, permita-me, Excelência Senhor Secretário de Estado para a Comunicação Social que solicite o vosso empenho para que na nova lei de imprensa, a promulgar em breve, seja salvaguardada esta imprensa; e que despacho algum retire o “Porte Pago” à Imprensa regional. Antes seja alargado a outras publicações de índole cultural, mesmo que veículos da mensagem cristã. Se o orçamento de Estado não é suficiente para o custo do pagamento do “Porte Pago” defendemos uma negociação com os CTT para que a imprensa seja tida como um cliente especial. A nossa Associação já várias vezes se disponibilizou para defender este ponto de vista. E nunca se devem penalizar as administrações dos jornais regionais, que nunca recebem publicidade institucional nem pagamento pelo serviço público que prestam. Já vou longo na radiografia que tirei, quereria aproveitar esta ocasião para publicamente agradecer a amabilidade com que sempre temos sido recebidos quer por V.a Excelência, Senhor Secretário de Estado para a Comunicação Social, quer pelo Senhor Director do Gabinete de Apoio à Imprensa, a quem frequentemente apresentamos as nossas preocupações e de quem recebemos sempre uma palavra de esperança. A vossa vinda a este Congresso é também um sinal da vossa solidariedade com a Imprensa Regional, que quereria em nome de todos agradecer. A AIC vai hoje apresentar em público o Guia de Imprensa de Inspiração Cristã. É mais um contributo para valorizar a imprensa que temos e a certeza de que estamos “inquietos” por cada vez mais dar a conhecer quem e quantos somos, tomando consciência de nós mesmos, na esperança de valorizarmos a imprensa regional de inspiração cristã. As minhas desculpas pelo tempo que vos tomei e o meu “obrigado” pela atenção que me dispensaram. Viseu, 10 de Novembro de 1996

Conclusões do 2º Congresso:

1. A Associação da Imprensa de Inspiração Cristã (AIC) realizou de 8 a 10 de Novembro, em Viseu, o seu II Congresso, subordinado ao tema: “As novas tecnologias e o seu impacto na Comunicação Social”.

2. Foi com agrado que os delegados ao Congresso escutaram o Secretário de Estado da Comunicação Social reconhecer a AIC como “parceiro interveniente e activo” e “representativo de um importante sector da imprensa portuguesa”.

3. Da reflexão realizada com a ajuda de vários peritos na temática, o Congresso reafirmou o lugar insubstituível do jornalista e da pessoa humana, mesmo no reino das novas tecnologias.

4. O Congresso sentiu a necessidade da crescente profissionalização da imprensa de inspiração cristã. Só assim ela poderá adquirir maior qualidade e atingir o universo da lusofonia.

5. O Congresso verificou que já foram realizados esforços significativos no que respeita à modernização tecnológica dos associados da AIC. No entanto reconheceu a necessidade de acompanhar cada vez mais de perto o desenvolvimento tecnológico concretamente no que respeita à criação de redes de colaboração entre os vários órgãos de comunicação.

6. O Congresso recordou também a necessidade de a imprensa de inspiração cristã não esquecer as suas especificidades e potencialidades.

7. O Congresso sublinhou a necessidade absoluta da manutenção do Porte Pago como reconhecimento do serviço público prestado à cultura portuguesa pela imprensa de inspiração cristã.

8. O Congresso saudou a publicação do Guia de Imprensa de Inspiração Cristã e formulou votos para que brevemente o mesmo possa estar disponível em CD ROM.

3º Congresso da AIC – Coimbra 1998

“Uma Imprensa para o Novo Milénio”

 (realizado em Coimbra nos dias 3, 4 e 5 de Dezembro de 1998)

Programa do 3º Congresso:

3 Dezembro – Sexta-feira: 18.00h – Abertura do Secretariado. 21.00h – Boas vindas – Leitura do programa. 21.15h – “Os Meios de Comunicação Social de Inspiração Cristã, – Que Desafios”, por: José António Santos, jornalista do DN

4 Dezembro – Sábado: 09.30h – Abertura oficial, presidida pelo Secretário de Estado da Comunicação Social, Arons de Carvalho. 10.00h – 2.ª Conferência “Que Linguagem Jornalística para o Novo Milénio”, por: Jorge Wemans, director de informação da Agência Lusa. 11.00h – “A necessidade de formação… exige profissionalização” por: Fernando Cascais, director do CENJOR. 12.00h – Painel – “A Imprensa e a Publicidade”, por Edson Ataíde (empresário e criativo de publicidade) e José Manuel Vicente Ferreira (professor universitário). Moderador: João Palmeiro (professor universitário). 13.00h – Almoço (Gráfica de Coimbra). 17.30h – Tarde cultural (Casa Fernando Namora) Condeixa e Conímbriga – Mosteiro de Santa Clara a Velha, Baixa da cidade, – recepcção na Câmara, seguida de Jantar oferecido pela edilidade, com fados de Coimbra.

5 Dezembro – Domingo: 08.30h – Reunião Geral da AIC. 10.00h – “Os Valores Cristãos na Imprensa de Inspiração Cristã”, por José Manuel Pureza (professor universitário). 11.00h – Sessão de encerramento, presidida por D. João Alves, Presidente da Comissão Episcopal para os Meios de Comunicação Social. 12.00h – Eucaristia na igreja de S. José. 13.00h – Almoço.

Encerramento do 3º Congresso – Palavras do Presidente: O nosso 3.º Congresso está a chegar ao fim. É com alegria que podemos afirmar que os objectivos traçados no inicio, foram alcançados. Graças à vossa participação, a dedicação dos oradores, à dinâmica da equipa criada pelo Secretário Diocesano de Coimbra, moderada pelo Revº. Cónego Adriano Santo, e ainda o apoio recebido do: Instituto de Comunicação Social; Revª. Irmã Superiora das Irmãs de S. José de Cluny; Câmara Municipal de Coimbra; Região de Turismo de Coimbra; Câmara Municipal de Condeixa; Gráfica de Coimbra; A. Santo; Diocese de Coimbra; Banco Espírito Santo e Pinto & Sotto Mayor; Cafés Delta; Companhia das Águas do Luso e Colégio de S.Teotónio. A todos a expressão do nosso muito obrigado. O tema do Congresso “Uma Imprensa para o Novo Milénio”, pensamos que foi oportuno e os oradores souberam abrir caminhos a percorrer neste mundo de tanta concorrência. Vai, certamente, produzir os seus efeitos, pois apesar das dinâmicas dos meios concorrenciais, as virtualidades da imprensa escrita sobrepor-se-ão e a língua de Camões continuará a atravessar fronteiras e continentes para trocar mensagens e fazendo a história do país e das suas gentes que ficará gravada na durabilidade atemporal da imprensa. Pensamos que a imprensa regional é uma referência que temos de preservar já pelo “serviço público” que presta na informação que veicula, já pela forma como fala dos anseios e preocupações regionais e, sobretudo, por que ela é acarinhada e lida pelos leitores habituais que se habituaram a ter uma relação de cumplicidade, cujo ”feed-back” chega diariamente às nossas redacções. No actual contexto nacional, tal qual foi reflectido no nosso primeiro Congresso em 1994, há uma lacuna no mundo da imprensa escrita nacional. Falta um semanário que seja referência para os cristãos fazerem a leitura cristã, dos acontecimentos que nos envolvem… Em boa hora, porém, os jornais regionais, á sua maneira, souberam ocupar este espaço. E hoje assistimos, com agrado, à melhoria de muitos jornais que vão enriquecendo as suas páginas com qualidade gráfica e conteúdos apreciáveis. Ainda bem. À falta de uma entidade que deite mãos a um projecto que pensamos ter espaço para caminhar, apelamos aos responsáveis da imprensa regional para continuarem a apostar num profissionalismo,que se tem vindo a acentuar, para que o produto final que colocamos nas casas dos leitores não nos envergonham e correspondam aos seus anseios… dizendo o que outros não dizem, levando sinais de esperança e de razões para viver, quando outros se preocupam mais com teorias niilistas e em serem apóstolos de desgraça e do infortúnio… Estamos certos que foram lançadas sementes à terra que hão-de frutificar. E perante os desafios das novas tecnologias em interacção com os outros “mass media”, os cerca de 500 títulos de inspiração cristã de norte a sul do país, alguns aqui presentes, vão enfrentar o futuro com um novo olhar e uma nova esperança que se vai reflectir nas manchetes e nos conteúdos, por onde passe a mensagem de esperança evangélica que é a que pode trazer a felicidade aos homens no novo milénio… Dentre os vários desafios com que nos vamos confrontar, quiçá tenhamos que unir títulos de determinada zona geográfica, para os reforçar e não para os extinguir; temos que contar com a velocidade e dinamismo dos outros media a que a imprensa não é capaz de responder. A nossa força advém-nos de sabermos ler os sinais dos tempos e, numa linguagem simples, apontar as virtualidades que a vida tem, pela positiva na alegria que nos vem do espírito. Realçar mais o que de bom se faz do que o que fica por fazer ou é mal feito. Agradecemos a vossa participação e o apoio que nos chegou, de perto e de longe, e reafirmamos o nosso empenhamento nesta causa, que passa pelo associativismo. Como reflexo do trabalho realizado neste Congresso, passamos à leitura do texto final:

Conclusões do 3º Congresso:

A imprensa missionária tem expressão muito significativa na AIC. O seu objectivo é, por um lado, promover o conhecimento das culturas e dos problemas de outros povos, contribuindo para o estabelecimento de relações internacionais caracterizadas pela justiça, solidariedade e cooperação; por outro, fomentar a preservação e o desenvolvimento de língua e da cultura portuguesas, «pois chegamos a todos os cantos onde se fala a língua de Camões, seja no espaço lusófono, seja onde há êxodo português», como afirmou o Presidente da AIC, António Salvador dos Santos. De entre os desafios que se apresentam à imprensa cristã do próximo milénio contam-se: o reforço da formação dos comunicadores e da profissionalização dos meios, a renovação da linguagem e do estilo de comunicação, a redefinição de projectos e a concertação de estratégias. O crescimento da imprensa de inspiração cristã passa pela continuada formação e especialização dos profissionais, de modo a proporcionar-lhes novas competências técnicas, mas também meios de aculturação e de leitura adequada da realidade. Além disso, requer um maior dinamismo empresarial e mais competitividade no sector da publicidade e do marketing, sem comprometer a nossa identidade. Na era da imagem, a linguagem jornalística deve ser viva, despertar emoções, «dar a ver os acontecimentos», sem comprometer a verdade da mensagem. A imprensa de inspiração cristã sente-se interpelada a redefinir objectivos, a congregar esforços e meios, com vista à planificação e maximização das suas potencialidades. Os meios de comunicação, como «primeiro areópago dos tempos modernos» (Redemptoris Missio, 37), devem constituir uma prioridade da Igreja. A imprensa tem futuro. «Más notícias para as árvores»! A emergência da Internet não ameaça a imprensa escrita, que continua imprescindível como instrumento de informação, debate de ideias problemas, reforço da coesão das comunidades e formação da opinião pública. Por isso, reafirmamos a necessidade absoluta dos apoios estatais supletivos, na forma de porte pago e outros incentivos.

 

4º Congresso da AIC – Guarda 2001

“A Imprensa Cristã face à Mundialização”

(realizado na Guarda nos dias 25, 26 e 27 de Outubro de 2001)

Programa do 4º Congresso:

Dia 25 Outubro – Quinta-Feira: 17.00h – Abertura do Secretariado. Acolhimento e distribuição de pastas do Congresso. 19.00h – Jantar livre. 21.00h – Fórum AIC. “Limites e Desafios da Imprensa de Inspiração Cristã”. Dr. Pedro Magalhães. Moderador: Pe. Elísio Assunção.

Dia 26 Outubro – Sexta-Feira: 09.00h – Sessão de Abertura – Membro do Governo; Entidades Locais; Comissão Episcopal. 09.30h – Intervalo para café. 10.00h – “Globalização, questão incontornável”. Professor Sousa Franco. Moderador: Cónego Eugénio da Cunha Sério. 11.30h – Mesa Redonda “Desafios político-sociais da globalização”. Dr. Jorge Wemans. “Desafios éticos da globalização”. Dr. Bagão Félix. Moderador: Pe. Salvador dos Santos 13.00h. – Almoço: oferta da Câmara Municipal da Guarda. 15.00h. – Tarde social – Serra da Estrela, Vale Glaciar. 17.00h. – Prova de Queijos da Serra: oferta da Câmara Municipal de Manteigas. 17.30h. – Visita a Sortelha. 18.00h. – Painel – moderado pelo Pe. Arlindo Ferreira Pinto e com presença de Pacheco de Andrade. 20.00h. – Jantar: oferta da Câmara Municipal do Sabugal. Noite Cultural.

Dia 27 Outubro – Sábado: 09.00h. – “Globalização e Imprensa Regional”. Dr. José Manuel Fernandes. 10.00h. – Intervalo para café. 10.30h. – Atelier “A imprensa, caminhos de futuro” Dr. José António dos Santos. “A Igreja e a comunicação social” Pe. Nuno Brás; “A comunicação social e a Internet” Dr. Nelson Ribeiro. Moderador: Pe. Tony Neves. 13.00h. – Almoço: oferta do Governo Civil da Guarda. 15.00h. – “A Missão da Imprensa Regional em prol de uma globalização humana”. Dr. Carlos Moreira Azevedo. Moderador: Pe. Francisco Pereira Barbeira. 16.00h. – Conclusões. 17.00h. – Sessão de Encerramento.

Conclusões do 4º Congresso:

O IV Congresso da Associação de Imprensa de Inspiração Cristã, reunido na cidade da Guarda de 25 a 27 de Outubro, chegou às seguintes conclusões:

1. Manifestar confiança no futuro da Imprensa Regional já que, embora vivamos num mundo globalizado, nota-se um interesse crescente dos cidadãos pelos temas que Ihes estão mais próximos.

2. Reconhecer a importância da internet como fonte de informação e modo de divulgação complementar dos órgãos regionais de comunicação social.

3. Alertar para a necessidade de uma constante renovação dos conteúdos editoriais no sentido de satisfazer o interesse dos actuais leitores e atrair novos.

4. Salientar que, num tempo de globalização desregulada que destrói valores civilizacionais, é indispensável continuar a ter como principal referência a defesa da dignidade da pessoa humana e o serviço à verdade.

5. Dedicar especial atenção aos factos socialmente mais próximos dos leitores, contribuindo para a preservação dos valores culturais que identificam as diferentes comunidades.

6. Assumir que, na época do curto prazo, a Imprensa de Inspiração Cristã tem também como função descobrir e apontar sinais de esperança, numa atitude de profecia.

7. Lamentar o facto de as notícias originalmente publicadas na imprensa regional serem depois aproveitadas pelos grandes media sem citação da fonte.

8. Reconhecer a necessidade de, numa economia de mercado cada vez mais concorrencial, ser necessário estabelecer e fortalecer laços de união entre os diversos títulos de comunicação social. Por outro lado, os participantes no Congresso decidiram:

a) Formular votos de rápido restabelecimento do Presidente da Direcção, Padre António Salvador dos Santos, hospitalizado de urgência no inicio do Congresso.

b) Agradecer o esforço da comissão local organizadora do Congresso e os apoios recebidos de várias entidades.

Guarda, 27 de Outubro de 2001

 

5º Congresso da AIC – Braga 2003

“A Imprensa de Inspiração Cristã: Realidade ou Utopia”

(realizado em Braga nos dias 13, 14 e 15 de Novembro de 2003)

Programa do 5º Congresso:

13 Novembro – Quinta-feira: 17.00h – Abertura do Secretariado. Acolhimento. 20.00h – Jantar Livre. 21.00h – Boas vindas – Apresentação do programa. 21.30h – “A Imprensa de Inspiração Cristã, – Um diagnóstico”, Dr. José Manuel Vicente Ferreira.

14 Novembro – Sexta-feira: 09.00h – Abertura oficial. 10.00h – “Imprensa de Inspiração Cristã: Riscos e Oportunidades”, Professor Manuel Pinto. 11.30h – Painel – “Um Modo de ver a Imprensa de Inspiração Cristã”, por: Monsenhor Silva Araújo, Dr. José da Silva e Dr. António Marujo. Moderador: Padre João Aguiar. 13.00h – Almoço (Rest. Abadia D´Este). 14.00h – Tarde cultural.

15 Novembro – Sábado: 09.00h – “Imprensa de Inspiração Cristã: Um olhar político”, Dr. António Lobo Xavier. 10.00h – Leitura das Conclusões. 11.00h – Eucaristia. 12.30h – Almoço de Encerramento. (Palavras de introdução proferidas pelo Dr. José Manuel Vicente Ferreira): “Quando olho a janela do mundo não gosto do que vejo. Mas ainda gosto menos que me coloquem perante realidades mediaticamente trabalhadas. Os tempos não são fáceis e por isso mesmo é necessário questioná-los e incomodar os novos senhores que se julgam donos dos tempos. Fazer perguntas, interpretar sinais e tendências é vital para encontrar alternativas. Recordo Moisés quando recomendava: — “Interroga os tempos antigos que te precederam, desde o dia em que Deus te criou sobre a terra”… Os tempos são de grande complexidade e tudo indica que estão para durar… Analisemos alguns dos sinais bem presentes nos “Tempos de Mudança”, nos “Tempos de Palavra”, nos Tempos de Desassossego” e nos “Tempos de Esperança”.” José Vicente Ferreira Gestor e Docente Universitário ISCSP-UP

Encerramento do 5º Congresso – Palavras do Presidente: Excelência Senhor Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Presidência, Presidente da Comissão Episcopal para os Meios de Comunicação Social, Ex.mo. Senhor Presidente Civil do Distrito de Braga, Ex.mo. Senhor Presidente da Câmara Municipal de Braga, Ex.mo Doutor da Fac. de Filosofia de Braga da UCP, Senhores e Senhoras Congressistas, Ex.mos Profissionais da Comunicação Social, Minhas Senhoras e meus Senhores, Estamos a chegar ao fim do nosso 5.º Congresso, cujos objectivos foram plenamente alcançados, graças à vossa participação, à dinâmica equipa local, à dedicada colaboração dos oradores e aos apoios recebidos dos: — Instituto da Comunicação Social — Fundação Eugénio de Almeida — Jornal Diário do Minho — Jornal “ a defesa” — Restaurante Abadia D’Este — Cafés Delta — Região de Turismo Verde Minho — BPI — Ex.mo. Conservador do Convento de Tibães — Cabido da Catedral Metropolitana de Braga — Reitor do Seminário Conciliar de Braga — Secretariado das Com. Sociais da Arquidiocese de Braga A todos a expressão do nosso muito obrigado. Viemos até à cidade de Braga, onde a modernidade convive harmoniosamente com a história, por opção de realizarmos os nossos Congressos no interior, mas também pelo apoio que, desde a primeira hora, recebemos da equipa constituída pelo Cónego Fernando Monteiro, Padre João Aguiar e Dr. Luís Carlos Fonseca. A eles se deve grande parte do êxito deste Congresso. O tema do Congresso “Imprensa de Inspiração Cristã: Realidade ou Utopia” foi objecto de várias reflexões entre a equipa local e a direcção da Associação. Pensamos que o tema foi oportuno, sobretudo porque se vive um período de alguma perplexidade acerca dos desafios que se levantam: • Os grandes grupos a querer controlar os media; • O dinamismo do suporte “on line”; • A fraca tendência para a leitura; • A sobreposição de alguns casos mediáticos face a outros acontecimentos atirados para 2.º plano; • As questões económicas que se sobrepõem à dignidade peculiar da pessoa humana; • A omissão de informação religiosa, que não só a de escândalo; • O total esquecimento dos documentos emanados da Santa Sé o modo como os assuntos são obsessivamente tratados. • E obviamente que também situações diversas na área da Comunicação Social. Muita gente gostaria que imputássemos a responsabilidade para a ou para b. Rejeitamos esta posição! Na sociedade pluralista e democrática em que vivemos, debater-nos-emos para que a imprensa de inspiração cristã não seja descriminada, mas aceite como imprensa de interesse local e regional, mesmo quando nos seus conteúdos também apareça a temática religiosa, que outros por ideologia ou por ignorância sistematicamente descriminam e marginalizam. Não nos peçam para abrir “guerra”, seja a quem for. Já manifestámos o nosso pensamento sobre o papel que a imprensa regional tem, mesmo antes da publicação do estudo recente que diz que, um em cada dois portugueses lê jornais regionais com destaque para as publicações semanais, num total de 50,9 de portugueses que lê jornais regionais e 67,7 que lê títulos nacionais, embora este estudo seja prejudicado pela exclusão da leitura de revistas. E são muitos milhares de exemplares de revistas, sobretudo missionários, que chegam aos portugueses… • Ela é a mais lida no seio das populações rurais e nas comunidades espalhadas pelo mundo. • É a imprensa regional que dá a conhecer as potencialidades e as dificuldades locais… • Espalhada pelo mundo, desempenha uma verdadeira pedagogia no ensino da língua materna, na divulgação da nossa cultura, no apelo à solidariedade, na informação de questões pontuais, como é no presente, a constituição para a Europa, a legalização dos emigrantes, etc., etc. • Temos muitas preocupações nestes tempos que são difíceis, como sejam: – Os altos custos da matéria prima; – A reciclagem dos produtos que têm de ser pagos pelas empresas; – A redução do porte pago; – O fim dos descontos com a Portugal Telecom (PT); – O IVA sobre os jornais; -O decreto-lei 56/2001, que obriga ao pagamento antecipado das assinaturas; – A publicidade do Estado desviada da imprensa regional, não obstante a legislação e acordos em vigor; – A concorrência de jornais das autarquias e das grandes superfícies comerciais, tirando a publicidade que deveria ser encaminhada para os jornais regionais; – A organização contabilística dos pequenos jornais, que queremos se transformem em pequenas empresas; – Também a falta de interesse dos novos jornalistas, em querer trabalhar na província… E sei lá quantos outros problemas poderíamos inventariar… Penso que nos preocupa, particularmente, a dificuldade de cumprir o decreto-lei 56/2001, que desde a sua publicação apresentámos a nossa discordância e que estamos à espera que o actual governo tenha coragem de revogar e, ao mesmo tempo, para, em diálogo com as Associações do sector, promulgar nova legislação que acabem com algumas aberrações do 56/2001. Gostaria de terminar positivamente, lembrando que somos actuantes da história gravada cada dia nas páginas da nossa imprensa, que deve buscar no evangelho uma boa notícia que nos impele a não desanimar e a aceitar os desafios, delineando respostas estrategicamente pensadas… Os comunicadores dos cerca de 500 títulos de inspiração cristã deste país, vão enfrentar o futuro com novo olhar e uma nova esperança, reflexo da mensagem cristã informada nos conteúdos dos nossos jornais e revistas que mensalmente chegam a mais de um milhão e duzentos mil leitores… Gostaríamos de ter apresentado já a revista deste Congresso, marcando também o 10.º aniversário da AIC. Dentro de dias chegará às vossas mãos. Agradecemos o apoio e a presença do Senhor Secretário de Estado e dos nossos convidados; orgulhamo-nos do trabalho dos Senhores Congressistas. Registámos a presença da comunicação social. Resta-nos reafirmar o nosso empenhamento nesta causa tão nobre e na qual apostamos — que é a imprensa local e regional. A todos o nosso muito obrigado!

Conclusões do 5º Congresso:

O 5.º Congresso da Associação da Imprensa de Inspiração Cristã, reunido em Braga de 13 a 15 de Novembro de 2003, por ocasião do 10.º aniversário da AIC, para reflectir sobre o tema “Imprensa de Inspiração Cristã, Realidade ou Utopia?”, aprova as seguintes conclusões:

1- Num tempo caracterizado pelo desassossego, insegurança e mudança, a Imprensa de Inspiração Cristã reafirma a prioridade que atribui à pessoa humana, reassumindo o compromisso de informar com objectividade, realçando os aspectos positivos que contribui para uma sociedade nova, numa linha de esperança.

2- Neste contexto, a Imprensa de Inspiração Cristã quer ser, principalmente e cada vez mais, a voz dos mais simples e dos mais esquecidos, reflectindo os reais problemas, ansiedades e interrogações das comunidades que servem, mantendo ao mesmo tempo uma forte ligação aos emigrantes e “PALOP´s”.

3- Como prestadora de um inequívoco serviço público, concretizado na preservação da cultura portuguesa e da identidade nacional, a Imprensa de Inspiração Cristã, merece o apoio do Estado, indispensável num tempo de globalização que leva a concentrar o poder dos “média” nas mãos de alguns empresários que têm cada vez mais interesses no sector.

4- A Imprensa da Inspiração Cristã aposta, cada vez mais, na urgência de avançar na modernização tecnológica, na formação profissional permanente e na renovação de conteúdos como forma de acompanhar o desenvolvimento do sector.

5- Outro dos desafios que se assume, reside na procura de novos leitores, numa ligação estreita com as instituições de ensino dos vários níveis.

6- O Congresso aposta ainda, como caminho de futuro, no estabelecimento de formas de cooperação entre diversos títulos, salvaguardando as respectivas especificidades e/ou caminhando para parcerias duradouras, estabelecidas com base em projectos claros e bem definidos.

7- Apontando num jornalismo de proximidade, comunitário e cívico, a Imprensa de Inspiração Cristã reafirma o compromisso com a ética e deontologia profissionais, procurando “fazer o bem”, fazendo-o bem.

8- Num país que tem um dos índices de leitura dos jornais mais baixos da Europa, os participantes do V Congresso da AIC, exigem do Governo apoio à promoção da leitura dos jornais e à difusão da Imprensa, e reclamam o cumprimento dos preceitos legais relativos à distribuição da publicidade institucional.

9- Porque a Democracia tem por base a existência de uma Comunicação Social livre, o Estado tem um papel insubstituível na criação de condições mínimas que garantam a existência de uma Imprensa que fomente os equilíbrios sociais, necessários para a construção de uma sociedade moderna e que actua com base em valores sólidos e reconhecidos universalmente.

Braga, 15 de Novembro de 2003

6º Congresso da AIC – Turcifal, 2006

“Imprensa de Inspiração Cristã: Novos Caminhos”

(realizado no Centro Diocesano de Espiritualidade do Sagrado Coração de Maria – CDE, localizado na vila do Turcifal, Torres Vedras, nos dias 23, 24 e 25 de Março de 2006)

Programa do 6º Congresso:

23 Março – Quinta-feira: 17.00h – Abertura do Secretariado. Acolhimento. 20.00h – Jantar. 21.00h – Boas vindas – Apresentação do programa. 21.30h – “A Imprensa de Inspiração Cristã, – Serviço Público”, Prof. Luís Santos.

24 Março – Sexta-feira: 10.00h – Abertura oficial. 11.00h – “Jornalismo de Valores e de Proximidade”, Dr. Pedro Coelho. 13.00h – Almoço. 15.00h – Painel “Cocktail de Imprensa” moderado pelo Dr. Mário Martins. “Publicidade – Dr. João Palmeiro”; “Mercado de Vendas e Assinaturas – Dr. João Moraes Palmeiro”; “Internet – Dr. Nelson Rodrigues”; “Formação – Dr. Fernando Cascais”; “Parcerias – Dr. António Rêgo”. 18.00h – Eucaristia presidida por D. Manuel Clemente, Presidente da Comissão Episcopal da Cultura, dos Bens Culturais e das Comunicações Sociais. 19.00h – Passeio, jantar e Noite cultural.

25 Março – Sábado: 08.00h – Assembleia Geral da AIC. 10.00h – “Marketing” – Dr. Carlos Liz. 11.00h – Sessão solene e Leitura das Conclusões. 13.00h – Almoço de Encerramento.

Conclusões do 6º Congresso:

O 6º Congresso da Associação de Imprensa de Inspiração Cristã, reunido em Turcifal de 23 a 25 de Março de 2006, para reflectir sobre o tema “Imprensa de Inspiração Cristã, Novos Caminhos”, aprova as seguintes conclusões:

1 – Em tempos de mudança e crise, urge que a imprensa de inspiração cristã corresponda aos desafios. A diferença da sua identidade, de serviço público, alicerçada nos valores que defende, com uma atenção particular ao outro, implica a inovação permanente.

2 – Importa conquistar novos públicos, especialmente jovens, adequando a comunicação às novas formas de interacção. Exigimos que o Estado cumpra as leis relativas ao sector, “não prestando por isso nenhum favor”.

3 – A imprensa cristã, assente num jornalismo de valores, na relação de “proximidade” e “independência”, deve suscitar o debate, promover o esclarecimento da opinião pública e educar para os Media, exercendo a sua função social.

4 – Os novos tempos exigem uma resposta adequada à falta de organização comercial com uma estratégia baseada no marketing directo. Os órgãos de comunicação social de inspiração cristã devem apostar no mercado das assinaturas para fidelizar os leitores e aumentar as vendas efectivas.

5 – É importante reforçar a profissionalização e a formação integrada sustentada nas novas tecnologias, como a presença na internet e estabelecer parcerias que tornem o produto jornalístico com maior qualidade.

6 – A AIC repudia as alterações em curso, no sector da comunicação social, no que respeita ao estatuto do jornalista e à taxa de regulação e supervisão da nova entidade reguladora. Estará atenta para, no local próprio, fazer ouvir a sua voz.

7 – Os órgãos de comunicação de inspiração cristã devem conhecer o consumidor dos seus produtos, de forma a potenciar a comunicação através do marketing. Importa ainda que estabeleçam parcerias para vender melhor, no mercado de publicidade, o valor e a vantagem competitiva desta imprensa.

8 – Os 73 congressistas saúdam a direcção da AIC, liderada pelo padre António Salvador dos Santos, fazendo votos de continuação de um excelente trabalho. Depositam confiança nos órgãos sociais, hoje eleitos, e auguram um futuro promissor, nos novos caminhos que importa percorrer.

Turcifal, 25 de Março de 2006.

 

7º Congresso da AIC – Bragança 2008

“Vencer Impactos”

(realizado em Bragança, nos dias 27, 28 e 29 de Novembro de 2008)

Programa do 7º Congresso:

– “Imprensa de Inspiração Cristã – Vencer Impactos”

Dia 27 (Quinta feira): 

19H00 – Abertura do Secretariado

– Informações.

– Jantar (livre).

Dia 28 (Sexta feira): 

09H00 – Abertura Oficial do Congresso.

10H00 – Painel: “Impactos sobre a Comunicação Social”,  moderado por Pe. Elísio Assunção;

Mesa composta por: Carlos Camponez (Prof. Catedrático);

– Intervalo.

11H15 – Painel: “Imprensa e Digital; Parceiros ou Concorrentes”, moderado por Drª Maria da Conceição Vieira;

Mesa composta  por: Manuel Pinto (Prof. Catedrático), Luísa Ribeiro (Jornalista) e Sérgio Gomes (Jornalista);

13H00 – Almoço no Hotel;

– Tarde Cultural.

15H30 – Conhecer a cidade – Video – Visitas guiadas.

20H00 – Jantar, oferecido pela Autarquia com animação e música popular;

– Noite Livre.

Dia 29 (Sábado):

09H00 – Painel: “Tentativas para Vencer Impactos”, moderado pelo Jornalista Fernando Miguel;

Mesa composta por: Augusto Lopes (Mensageiro Notícias), Pedro Conceição (Dep. Comunicação Social – Arquidiocese de Évora) e Fernando Monteiro (Adm do Diário do Minho);

– Intervalo.

11H15 – Painel: “Imprensa Regional no Contexto das Regiões”,  moderado por Pe. Fernando Calado;

Mesa composta por: Francisco Cepeda (Prof. Jubilado), César Urbino (ex-Dir. de Voz do Nordeste) e Alexandre Manuel (Jornalista);

– Intervalo.

12H15 – Sessão Solene – Homenagem aos associados:

Cón. Adriano Santo, Cón. José Vieira e Jornalista Inocêncio Pereira.

– Leitura das Conclusões.

Intervenções:

-Membro do Governo;

– D. Manuel Clemente, Presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais.

– Almoço de Confraternização.

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Conclusões do VII Congresso da AIC:

“Vencer impactos”, foi o tema e o propósito que levou à realização do VII Congresso da Associação de Imprensa de Inspiração Cristã (AIC), realizado de 27 a 29 de Novembro de 2008, na cidade de Bragança.

Em dia de forte nevão, os congressistas foram acolhidos pelas palavras calorosas do Governador Civil e do Presidente da Câmara de Bragança.

Também D. António Montes, Bispo de Bragança-Miranda, saudou os participantes no Congresso, desafiando a imprensa cristã a transformar as dificuldades em oportunidades, com o objectivo de se vencerem os impactos negativos actuais.

Participaram nesta iniciativa oitenta e três congressistas, que aprovaram as seguintes considerações e conclusões:

1 – Colocam-se à imprensa regional, e nomeadamente à de inspiração cristã, neste período de crise económica e social, vários desafios que devem assentar em estratégias de actuação a vários níveis: maior profissionalismo, melhoria das estruturas técnicas, comerciais, de marketing e de administração, melhoria dos produtos em termos de apresentação estética e de conteúdo.

2 – Neste repensar de estratégias, os leitores devem ser a prioridade, sobretudo os mais jovens, garante do futuro da imprensa. Daí a importância da aposta: nas novas tecnologias, na digitalização e na formação dos profissionais nas novas linguagens de comunicação, possibilitando um jornalismo cívico e de proximidade em que os leitores colaboram na elaboração de conteúdos e onde se concebe a comunicação como um diálogo.

3 – Um dos maiores desafios actuais que se colocam à imprensa regional é a cooperação entre os vários títulos, que promova a complementaridade, respeitando a identidade de cada publicação, fomentando um maior fortalecimento e impacto da imprensa de inspiração cristã.

4 – É unanimemente aceite que a imprensa e o digital são parceiros e não concorrentes, pelo que se impõe o acompanhamento da marcha imposta pelo digital, com a adaptação a esta nova realidade. Daí a necessidade de se pensarem os projectos em rede, de se rentabilizarem recursos e de uma programação numa escala mais ampla.

Neste VII Congresso, a AIC homenageou: os Cónegos Adriano Santo e José Vieira e o jornalista Inocêncio Pereira, expressando-lhes todo o reconhecimento da associação pelo trabalho e dedicação ao serviço da imprensa cristã.

O Presidente da Direcção da AIC, Padre Salvador dos Santos, em nome dos associados, reiterou a política negativa deste Governo para o sector da Comunicação Social. A Associação de Imprensa de Inspiração Cristã exige ao Estado que cumpra o protocolo com as associações, e de que há legislação publicada, para a distribuição equitativa da publicidade institucional, como reconhecimento do serviço público prestado, e que mantenha como prioritário o incentivo à leitura, para que não se perca a ligação com a comunidade portuguesa na diáspora e países lusófonos.

Pedro Berhan da Costa, presidente do Gabinete dos Meios de Comunicação Social, manifestou a disponibilidade deste organismo governamental para discutir e avaliar com a associação as políticas públicas respeitantes à comunicação social e, mais concretamente, à de inspiração cristã.

D. Manuel Clemente, Bispo do Porto e Presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, no encerramento do Congresso, deixou aos participantes uma mensagem de alento e de esperança e recordou que os grandes desafios para a imprensa de inspiração cristã são económicos e de âmbito tecnológico e frisou a importância do papel da AIC enquanto associação que conjuga e representa os títulos de inspiração cristã de Portugal e também pela iniciativa da organização deste congresso, no qual foram apresentados bons exemplos de iniciativas de órgãos de comunicação social que procuram ultrapassar os constrangimentos e dificuldades com dinamismo, transformando problemas em projectos viáveis e compensadores.

Agradecimentos:

A Comissão Organizadora do VII Congresso da AIC apresenta o seu agradecimento às entidades que colaboraram na organização deste evento, nomeadamente: Câmara Municipal de Bragança, Região de Turismo do Nordeste Transmontano (em extinção), Barclays, Junta de Freguesia da Sé de Bragança, Gabinete dos Meios de Comunicação Social,  Jornal “Mensageiro Notícias” e Governo Civil de Bragança.

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VIII Congresso da AIC

“Reinventar/Fechar Jornais”

(Realizado no Seminário Diocesano de Leiria, nos dias 11 e 12 de Novembro de 2011)

Programa:

11 de Novembro:

08h00 – Abertura do secretariado

09h45 – Sessão de abertura – D. António Marto, Bispo de Leiria -Fátima, e entidades convidadas

10h15 – Painel “Análises” – Alexandre Manuel, jornalista e professor universitário;

Pedro Jerónimo, do Observatório Ciberjornalismo; Luís Miguel Ferraz, de “O Mensageiro”

Moderadora: Luísa Ribeiro, do Diário do Minho

11h45 – Intervalo

12h15 – Painel “Testemunhos” – Experiência dos jornais Reconquista e Folha do Domingo

13h00 – Almoço

14h30 – Painel “Realidades” – Debate com intervenientes nos painéis da manhã

15h30 – Visita ao Moínho de Papel em Leiria

16h30 – Visita ao Mosteiro de Santa Maria da Vitória

18h00 – Visita ao Museu da Comunidade Concelhia da Batalha

20h00 – Jantar cultural no restaurante “A Aldeia de Santo Antão”

12 de Novembro:

09h30 – Conferência “Potencialidades” – Cónego João Aguiar, presidente do conselho de administração da Rádio Renascença.

10h45 – Intervalo

11h15 – Painel “Perspectivas” – António Granado, professor universitário; Alexandra Serôdio, jornalista do JN; Nuno Rosário Fernandes, do Departamento da Comunicação do Patriarcado de Lisboa; Tony Neves, da Missão Press

Moderadora: Maria da Conceição Vieira, do Jornal da Família

13h00 – Almoço

15h00 – Filme “Vox Populi”

– Painel “Rumos” – Debate com os intervenientes no painel da manhã

17h00 – Sessão de encerramento – D. João Lavrador, Bispo auxiliar do Porto, e entidades convidadas

– Leitura das conclusões

17h30 – Visita ao Museu da Imagem em Movimento (MIMO), em Leiria.

Conclusões do 8º Congresso:

Onde é que queremos estar no próximo congresso?

VIII Congresso da Associação de Imprensa de Inspiração Cristã

CONCLUSÕES:

Num tempo de crise, em que diminui o número de leitores e com o boom das novas plataformas digitais de comunicação, seis dezenas de pessoas, sobretudo responsáveis de jornais e jornalistas, reflectiram sobre «Reinventar ou fechar jornais?», a 11 e 12 de Novembro, em Leiria.

O desaparecimento de títulos, (na última década, já fecharam 77 títulos da AIC) tem vindo a preocupar os responsáveis da associação de imprensa de inspiração cristã. Os tempos são de incerteza, mas a imprensa regional cumpre «serviço público», liga as pessoas à comunidade e à diáspora. É «memória histórica do país e do povo».

Estão aí «desafios, impactos e exigências, que se colocam de modo mais premente e até ameaçador». A realidade é conhecida e o diagnóstico está feito há muito tempo. «Para quando as parcerias, a profissionalização e a entrada definitiva no digital?» Reinventar os jornais, para evitar o seu fecho, passa pela formação profissional, pela aposta no marketing e pelas novas plataformas digitais.

«Algures entre a esperança e o medo», o rumo ao futuro passa por sair do «aquário», e iniciar um caminho com as coordenadas da identidade, das parcerias, da interacção, das soluções integradas de comunicação sem esquecer que somos «agências de sentido». «Acabou o tempo de fazer de conta e para quem está a fazer de conta, acabou mesmo o tempo».

Mais do que «comunicar para» é preciso «comunicar com», aproveitando a convergência entre os diferentes suportes (tradicionais e digitais) e que os jornalistas assumam, cada vez mais, o papel de mediadores. Os jornais em papel terão futuro se os conseguirmos reinventar, rasgando e alargando horizontes. A imprensa de inspiração cristã «não cumprirá o seu papel se continuar desgarrada da pastoral, dessintonizada da Igreja ou cercada pelos muros do adro».

A imprensa de inspiração cristã apela aos responsáveis da tutela para que mantenham o apoio de incentivo à leitura, como reconhecimento do serviço público que esta presta. A AIC lembra que continua a ser o «parente pobre da comunicação social», ainda que represente um milhão e meio de leitores.

O Secretário de Estado, responsável pela tutela, reconheceu o papel que a imprensa de inspiração cristã desempenha e os valores que promove, disponibilizando-se para dialogar com a AIC no sentido de encontrar soluções para os problemas que o sector atravessa.

A Comissão do 8º Congresso da AIC agradece a todas as entidades que colaboraram na organização deste evento, nomeadamente: Presidentes da Câmara Municipal de Batalha e de Leiria, Entidade Regional de Turismo de Leiria-Fátima, Comissão Intermunicipal do Pinhal de Leiria, Caixa de Crédito Agrícola e Mosteiro da Batalha, Instituto Politécnico de Leiria, Banco Santander-Totta, Gabinete para os Meios de Comunicação Social, Jornais «O Mensageiro», «A Defesa», a revista «Fátima Missionária» e ao reitor do Seminário diocesano de Leiria, pela sua recepção e agradável estadia que proporcionou a todos os congressistas, não esquecendo outras entidades que directa ou indirectamente nos apoiaram neste evento.

Congresso da AIC, no Seminário Diocesano de Leiria, aos 12Nov2011.

 

IX Congresso

 “MEDIAdores da alegria e do encontro”

(realizado no Hotel de S. Bento da Porta Aberta, Rio Caldo – Gerês, nos dias 23, 24 e 25 de outubro de 2014)

 Programa:

Dia 23 de outubro (quinta feira):

21h15 – Apresentação de Boas Vindas pelo Presidente da Assembleia Geral da AIC, Cón. João Aguiar Campos;

21h30 – Sessão de Abertura – D. Jorge Ortiga, Arcebispo de Braga;

22h00 – Conferência: – S. Bento e a Europa – Carlos Aguiar Gomes, Irmandade de S. Bento da Porta Aberta.

Dia 24 de outubro (sexta feira):

08h00 – Missa (presidida por D. Jorge Ortiga)

08h45     Pequeno almoço

09h15 – Painel – Meios de Comunicação Social: “Mediadores da alegria e do encontro”

Parcerias europeias – Pe. Duarte da Cunha, Secretário da CCEE

Parcerias empresariais – Cónego Fernando Monteiro, Admin. Diário do Minho

Parcerias editoriais – Pe. António Leite, Presidente da Missão Press

– Debate

11h00 – Intervalo

11h15 – Conferência: – Pela cultura do encontro: papel dos media – Felisbela Lopes, Universidade do Minho

12h30 – Intervenção do Secretário de Estado Adjunto do Ministro Adjunto e do Desenv. Regional, Dr. Pedro Lomba

13h30 – Almoço

– Tarde Cultural e Jantar (patrocinados pela Câmara Municipal de Terras de Bouro)

Dia 25 de outubro (sábado):

09h00 – Painel: – Comunicar a alegria do Evangelho – experiências

– Cónego António Rêgo – Padre e jornalista há 50 anos

– Pe. Tony Neves – Padre e jornalista há 25 anos

– Pe. Jorge Guarda – Dos 100 anos do “Mensageiro” ao “Presente”

10h30 – Intervalo

11h00 – Conferência: – Comunicar a alegria do Evangelho – desafios aos meios de comunicação social de inspiração cristã – Cónego João Aguiar Campos, Presidente da Assembleia Geral da AIC.

11H45 – Leitura das conclusões

12h00 – Sessão de encerramento, com o Presidente da Direcção da AIC, Cón. António Salvador dos Santos, D. João Lavrador e outras Entidades presentes.

13h30 – Almoço

Conclusões do 9º Congresso:

MEDIAdores da Alegria e do encontro

CONCLUSÕES:

Sob o lema de mediadores da alegria e do encontro realizou – se no santuário de São Bento da Porta Aberta, Terras de Bouro, Arquidiocese de Braga, durante os dias 23, 24 25 de Outubro o IX congresso da Associação de Imprensa de Inspiração Cristã (AIC).

Coincidindo com os 50 anos da proclamação de S. Bento como padroeiro da Europa, os trabalhos desta reunião magna começaram por convocar todos os congressistas à esperança e à vontade de estabelecer pontes de alegria, cultura e de encontro neste tempo actual depressivo e de desalento.

Assim, aqui fica uma síntese daquilo que deveremos guardar como importante neste congresso.

  1. Há necessidade de reagir à secularização que se vive na Europa, sobretudo no que concerne aos meios de comunicação.

Numa Europa onde se vive como se Deus não existisse, em que o tema religião foi tabu durante muitos anos, importa manter vivas as raízes cultuais, criando espaços onde as “boas notícias” possam chegar a todos, e parcerias que permitam a circulação dessa informação.

Isto implica um olhar diferente no trabalho a desenvolver pelos meios de comunicação cristãos, um olhar empresarial, que permita a criação e partilha de conteúdos, em plataformas próprias para tal, como acontece, por exemplo, com a Missão Press.

Há que reagir, para dar a conhecer a Igreja, a sua realidade e promover uma verdadeira e real evangelização, trabalhando em rede e usando a Igreja – que é uma rede ela mesma – como veiculo transmissor de “boas mensagens”.

  1. É preciso dar destaque a temas importantes, ao invés de temas interessantes.

 Os meios de comunicação cristãos têm um sentido de missão que não poderá ser esquecido e, nesse sentido, deverão ser espaços onde se encontra uma informação alternativa, alheia à lógica do consumismo e aos problemas gerados pela crise económica (dependência financeira, ausência de objetividade, etc.). Neles deveremos encontrar a informação que dá conta das necessidades dos mais pobres e desfavorecidos, daqueles que não têm voz.

Temos, pois, que diversificar os temas a tratar e contribuir para que se alterem as agendas, de modo a que possamos construir e espelhar um mundo que seja um lugar de encontro, onde as fontes são escolhidas por criarem valor, anunciarem inovação, serem rosto da esperança. Ou seja, há que «conseguir fazer dos Santos noticia e não dos malandros».

  1. Abertura para as empresas e órgãos de comunicação de inspiração cristã no novo regime de incentivos do Estado Português

O Dr. Pedro Lomba, secretário de Estado adjunto do ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional, garantiu abertura do governo à participação das empresas de comunicação de inspiração cristã no novo regime de incentivos em preparação para o sector. Especial destaque será dado aos que trabalharem no sentido de promoverem o surgimento de novos leitores. Igualmente o governante se comprometeu em financiar, directa ou indirectamente, a divulgação da imprensa regional junto das escolas e outras instituições locais.

  1. Há que promover uma cultura de encontro e de alegria

Vivemos um tempo de profundo pessimismo. Os órgãos de comunicação cristãos devem ser sinal de esperança e transmissores de alegria, pois dessa forma serão, também, promotores de uma cultura de encontro e de valorização do Homem. É tempo de deixar os discursos pouco credíveis onde os media não fazem uma verdadeira leitura dos acontecimentos e se comportam sobretudo como lugares de desencontro.

Cabe-nos cultivar um jornalismo de proximidade, criando empatia na relação com as pessoas. O que importa realmente são as pessoas e não as coisas. O seu testemunho é mais que a doutrina.

Santuário de São Bento da porta aberta, terras de Bouro, 25 de Outubro de 2014

X Congresso

Associação de Imprensa de Inspiração Cristã

Almada, 26, 27 e 28 de outubro de 2017

Pelos 25 anos da AIC

A meio da ponte rumo ao futuro

Modelos editoriais e empresariais para a imprensa de inspiração cristã

Programa:

Dia 26, quinta-feira

18h00 – Abertura do secretariado: receção e acomodação dos congressistas

21h00 – Sessão de abertura

21h30 – Conferência de abertura

Comunicação: uma marca do cristianismoD. José Ornelas, bispo de Setúbal

Presidente da mesa: Padre Elísio Assunção

Dia 27, sexta-feira

9H00 – Painel 1

Do lado de cá… (memórias da Imprensa de Inspiração Cristã)

Moderadora: Anabela Sousa, diretora do Gabinete de Comunicação da Diocese de Setúbal

. O legado de jornais centenários – A. Jesus Ramos, diretor do Correio de Coimbra

. Uma voz sem fronteiras – Adelino Ascenso, presidente dos Institutos Missionários Ad Gentes (IMAG)

. Uma marca com diferentes perfis – Paulo Agostinho, editor da Agência Lusa

10h30 – Intervalo

11h00 – Painel 2

A meio da ponte… (análises sobre a Imprensa de Inspiração Cristã)

Moderador: António Marques, diretor do jornal Raio de Luz

. Compromisso entre o papel e o pixel – Damião G. Pereira, diretor do Diário do Minho

. Jornalistas somos todos – Rita Figueiras

. Comportamentos dos públicos – Carlos Liz, sócio gerente IPSOS APEME

13h00 – Almoço

14h30 – Tarde Cultural/Oferta da CMA: Passeio em autocarro p/visita de alguns centros históricos e culturais em Almada e arredores, seguido de jantar e espetáculo, no Teatro Azul: “História do Cerco de Lisboa”.

Dia 28, sábado

9h00 – Painel 3

Para o lado de lá… (perspetivas para a Imprensa de Inspiração Cristã)

Moderador: Luís Miguel Ferraz, diretor-adjunto do jornal Presente

. Identidade editorial – Graça Franco, diretora informação RR

. Produzir e distribuir em papel e no digital – Pedro Jerónimo, professor universitário

. O desafio da gestão empresarial – Jorge Saraiva, administrador do Notícias Covilhã

10h30 – Intervalo

10h45 – Conferência de encerramento – Modelos editoriais e empresariais para a Imprensa de Inspiração Cristã Eduardo Cintra Torres, professor universitário

Presidente da mesa: Paulo Ribeiro, direção da AIC

12h00 – Sessão comemorativa dos 25 anos da AIC e de encerramento do X Congresso:

Cónego António Salvador Santos, primeiro presidente da direção da AIC

Padre Elísio Assunção, presidente da direção da AIC

Nuno Brás, Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais

13h00 – Almoço de encerramento

X CONGRESSO DA

ASSOCIAÇÃO DE IMPRENSA DE INSPIRAÇÃO CRISTÃ

25 ANOS

A meio da ponte rumo ao futuro

 CONCLUSÕES

A meio da ponte rumo ao futuro é o lema o X Congresso da Associação de Imprensa de Inspiração Cristã (AIC) que decorreu no Convento dos Capuchos, em Almada, entre os dias 26 e 28 de outubro de 2017, que se enquadrou nas comemorações dos 25 anos da fundação da Associação.

O congresso colheu o imaginário da ponte o itinerário para os debates que propôs aos participantes. Primeiro, para identificar a relevância da imprensa regional, nomeadamente a de inspiração cristã, ao longo da História; depois para avaliar a tensão em curso em muitos títulos, nomeadamente entre o papel e o pixel, o impresso e o digital; indicando, num terceiro momento, que modelo empresarial e editorial deve ser assumido pelos títulos da AIC, no contexto atual.

Comunicação: uma marca do cristianismo

E o verbo fez-se digital” nestes novos tempos da comunicação. “A Igreja não deve ter medo de comunicar”, lembrou José Ornelas, bispo de Setúbal, na abertura do Congresso, acrescentando que comunicar “é pôr-se numa arena feroz, e tantas vezes selvagem. Daí o medo de muitos, na Igreja, de expor-se deste modo. Mas é determinante estar presente, com transparência e coerência”.

Do lado de cá…

“Se Jesus Cristo vivesse hoje teria Facebook” defendeu o jornalista da agência Lusa Paulo Agostinho, que referiu ainda que a imprensa de inspiração cristã “não é um modelo de negócio” e representa títulos que dão primazia à opinião, identificando-se dessa forma com tendências editoriais da atualidade. Um dos títulos centenários que perdura no tempo é o Amigo do Povo. Um bom sinal de longevidade e de presença do jornalismo de proximidade, exemplo apresentado pelo seu diretor, padre Jesus Ramos. Ainda durante o primeiro painel o padre Adelino Ascenso, presidente dos IMAG, diante do mandato bíblico “ide e anunciai”, sublinhou a necessidade de dizer também “ide e silenciai”, “ide e escutai”, “ide e aprendei”, “ide e acompanhai”, “ide e estai com”. Sugere, ainda, que é necessário “repensar o paradigma da missão”, a narrar nos media de “forma convincente”.

A meio da ponte…

“A imprensa de inspiração cristã tem como target o público mais ‘sexy’ que há na sociedade”, ou seja, os próximos anos vão ser das gerações com 60 e 70 anos, “o público alvo dos títulos da AIC” defendeu Carlos Liz, especialista em estudos de mercado. Ainda durante o segundo painel, foi apresentado o projeto de desenvolvimento tecnológico do Diário do Minho, que terá nos próximos dias um novo portal online com imagem renovada e linguagem atualizada. “Não se pode ficar parado”, disse o seu diretor, Damião Pereira, afirmando a necessidade de investimentos no setor por parte dos responsáveis da Igreja Católica.

Para o lado de lá…

“Juntos somos mais fortes, não apenas para reivindicar apoios”, mas para unir esforços defendeu Pedro Jerónimo, professor universitário, que quer ver jornalistas e meios de inspiração cristã “a partilhar conteúdos” e com uma presença mais forte nos meios digitais.

Graça Franco, diretora de informação da Rádio Renascença, gostava de “romper com a tradicional notícia” estereotipada da religião católica; “assumir a diferença, ter carinho pelo nosso público, que na febre de informar muitas vezes é esquecido. Alertou para o “New age”, para a descristianização e ignorância; defendeu “boas histórias com valores humanos” e citou o papa Francisco na necessidade de ter “os pés assentes na terra”.

“Globalização dos negócios leva a uma regeneração dos meios e dos títulos que se pretende simples e ágil”, defende Jorge Saraiva, administrador do Notícias da Covilhã, tendo em conta “Valor sem uso é desperdício”; “Acesso é mais importante do que a propriedade”; e “Modéstia em excesso é pecado”.

Modelos editoriais e empresariais para a Imprensa de inspiração cristã

“Conteúdos com vida própria e independentes entre si” são defendidos por Eduardo Cintra Torres, professor universitário, que indicou “táticas de captação de leitores, como por exemplo a construção de títulos motivadores”. O professor sugeriu um “agregador comum” e perguntou se “pode a associação ser um agregador, por exemplo, de publicidade e de conteúdos”. Terminou com a afirmação: “Se há ameaças na internet, também há oportunidades”.

Sessão comemorativa dos 25 anos da AIC e de encerramento do X Congresso,

Nuno Brás, bispo da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, defendeu a ideia que “é preciso tomar ações para nos levarem a sério”. Ainda segundo Nuno Brás temos de trazer a comunicação regional para a ribalta, assim como a mensagem da fé cristã. “Temos de aceitar que somos meios diferentes e assumir a comunicação como tarefa. Mais importante que a notícia é a comunicação em si. As pessoas comunicarem entre elas é a tarefa mais importante da nossa realidade e não só não devemos ter medo dessa realidade, como devemos exigir esta especificidade”.

O presidente da AIC, Elísio Assunção, exigiu que a ERC “tenha outro comportamento, que tenha um papel de aconselhamento e não de obstrução à vida dos meios de comunicação cristã”, nomeadamente em termos de classificação de meios. “É tempo para arregaçar as mangas”, desafiou Elísio Assunção.

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Logo AIC

Outros Congressos:

 Congressos da UCIP

 

A direcção da AIC participou nos congressos da UCIP de Graz na Áustria, Paris e Friburgo tendo sido os únicos representantes portugueses nestes congressos mundiais, onde fomos carinhosamente acolhidos por Mons. Joseph Foley, Presidente do Conselho Pontifício das Comunicações Sociais.

“POR UMA ÉTICA DE PAZ NUM MUNDO DE VIOLÊNCIA”

Realizou-se em Setembro na cidade de Graz, Áustria, o 17.º Congresso Mundial da UCIP — União Católica Internacional de Imprensa, sobre o tema “Por uma Ética de Paz num mundo de Violência”. Contou com a presença de 700 congressistas, mais os responsáveis da Organização, provenientes de todos os quadrantes do globo. Pelo Congresso passaram inúmeras personalidades, sobretudo na sessão de abertura que contou com as presenças do chefe de Estado Austríaco Thomas Klestil e o Cardeal Carlo Maria Martini, Arcebispo de Milão e Joseph Foley Presidente do Conselho Pontifício das Comunicações Sociais e muitas outras individualidades internacionais e locais. Depois da leitura da Mensagem do Papa aos congressistas, teve lugar os discursos oficiais e por fim a primeira grande intervenção de fundo do Cardeal Martini que começou por afirmar: “…os jornalistas têm de estar à altura da sua Fé e formação para, na descoberta da verdade, poderem enfrentar as realidades que se colocam no dia-a-dia”. O Congresso decorreu com diversos painéis por temas e salas paralelas conforme as opções dos participantes. Naquele areópago se fizeram sentir de “viva-voz” as preocupações, angústias e os sentimentos dos representantes de todos os continentes em torno do tema escolhido. No âmbito dos trabalhos, os Congressistas foram obsequiados com algumas recepções de Estado e a bom nível. De todas, a visita á cidade de Maribor, na Eslovénia, foi aquela que mais nos marcou o espírito. Como nota final, diremos que este Congresso se saldou pela positiva do conjunto de opiniões, reflexões e encontro de interculturas que desfazem fronteiras e aproximam os povos. O Congresso seguinte, realizou-se em Paris em 1997.